Filósofo italiano Emanuele Severino morre aos 90 anos
Além disso, muitos de seus trabalhos também abordaram a história do pensamento ocidental de um ponto de vista, religioso, científico e filosófico. "Aproximar-se da morte é aproximar-se da alegria, mas refiro-me a superar todas as contradições que atravessam nossa vida, porque estamos constantemente em desequilíbrio e instabilidade: reencarnação ou ressureição não nos espera, mas algo infinitamente maior", diz um pensamento do filósofo repetido por diversas vezes durante suas palestras. Severino era professor de Filosofia Teórica na Universidade Católica de Milão e começou a ser prejudicado depois da publicação do "Studi di Filosofia della Prassi", no qual dizia que a fé era uma contradição, e dos textos "Ritornare a Permanide" (1964) e "Poscritto" (1965).
Na época, a Congregação para a Doutrina da Fé declarou que a filosofia do italiano era incompatível com a posição católica, principalmente por excluir os conceitos sobre a vida futura ou a salvação, além de apontar que o cristianismo é "parte da alienação essencial". Com isso, Severino foi forçado a deixar a Universidade Católica de Milão e se mudar para Veneza. Entre suas principais obras estão "Il declino del capitalismo" (1993), "La filosofía dai Greci al nostro tempo" (1996), "Dall'Islam a Prometeo" (2003) o "Nascere, e altri problemi della coscienza religiosa" (2005).
Durante sua carreira, o filósofo chegou a receber diversas honrarias, como o Prêmio Internacional Friedrich Nietzsche, o título de Cavaleiro da Grande Cruz e a Medalha de Ouro da República Italiana por sua contribuição à cultura. (ANSA)
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