Espanha condena 12 líderes separatistas da Catalunha
A pena mais alta foi dada ao ex-vice-presidente da Catalunha Oriol Junqueras. Já o ex-porta-voz da Presidência Jordi Turull, o ex-secretário catalão das Relações Exteriores Raül Romeva e a ex-secretária do Trabalho Dolors Bassa pegaram 12 anos de cadeia. Os quatro foram sentenciados pelos crimes de sedição e apropriação indébita.
A ex-presidente do Parlamento da Catalunha Carme Forcadell foi condenada a 11 anos e seis meses de reclusão; e os ex-secretários do Interior Joaquim Forn e do Território Josep Rull, a 10 anos e seis meses. Já Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes de duas entidades da sociedade civil que organizaram protestos separatistas, pegaram nove anos de prisão. Forcadell, Forn, Rull, Sànchez e Cuixart foram considerados culpados de sedição, mas não de apropriação indébita. Todos os nove condenados à cadeia também foram impedidos de ocupar cargos públicos pelo mesmo período de suas penas de reclusão.
Além disso, três ex-secretários catalães, Santi Vila (Empresa e Conhecimento), Meritxell Borràs (Governo) e Carles Mundó (Justiça), foram condenados ao pagamento de 10 meses de multa, com cota diária de 200 euros, por desobediência. Eles também foram interditados de cargos públicos por um ano e oito meses.
Acusação - Segundo o Tribunal Supremo, os réus cometeram um delito de sedição (sinônimo de desordem ou revolta) ao tentar declarar a independência da Catalunha de maneira "ilegal". Para alcançar esse objetivo, utilizaram recursos públicos e o apoio das entidades separatistas Assembleia Nacional Catalã e Òmnium Cultural, presididas por Sánchez e Cuixart, respectivamente, e que lideraram a mobilização da sociedade civil.
Em autoexílio, o ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont chamou a decisão do Tribunal Supremo de "aberração". Junqueras, por sua vez, disse no Twitter que os independentistas voltarão "mais fortes e convictos do que nunca".
O Barcelona, clube identificado com a causa catalã, também protestou contra a sentença e afirmou que a condenação não ajudará a resolver o problema. "A resolução do conflito na Catalunha deve ocorrer exclusivamente por meio do diálogo político", disse a equipe blaugrana.
Milhares de pessoas já saíram às ruas de Barcelona para protestar contra a sentença.
Independência - A Catalunha havia declarado sua independência em outubro de 2017, após um plebiscito considerado ilegítimo pelo governo espanhol, então chefiado pelo conservador Mariano Rajoy.
Na sequência, Madri destituiu a administração catalã e assumiu o controle da comunidade autônoma, convocando eleições para dezembro de 2017. Na ocasião, os partidos separatistas conquistaram novamente a maioria no Parlamento regional e o direito de indicar seu novo presidente.
O primeiro nomeado foi Puigdemont, mas ele acabou impedido de tomar posse a distância por estar no exílio. O cargo é ocupado atualmente por Quim Torra, que pertence ao mesmo grupo político do ex-presidente. (ANSA)
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