França, Alemanha e Reino Unido culpam Irã por ataque a refinarias sauditas
Nações Unidas, 23 set (EFE).- França, Alemanha e Reino Unido responsabilizaram nesta segunda-feira o Irã pelo ataque a duas das principais refinarias da Arábia Saudita no último dia 14 e manifestaram apoio às investigações em andamento sobre o caso.
"Está claro para nós a responsabilidade do Irã por este ataque. Não há outra explicação plausível. Apoiamos as investigações em andamento para estabelecer mais detalhes", disseram o presidente francês, Emmanuel Macron, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson em comunicado conjunto.
A autoria do ataque foi reivindicada pelos rebeldes houthis do Iêmen, que recebem apoio do Irã. Por sua vez, o governo iraniano negou qualquer envolvimento.
Os três líderes apontaram que continuam apegados ao compromisso com o acordo nuclear assinado com o Irã em julho de 2015 e que na época foi respaldado por unanimidade pelo Conselho de Segurança da ONU, mas cobraram que o país reverta as decisões de reduzir o cumprimento do pacto.
Para o trio, os ataques afetam todos os países e "aumentam o risco de um grande conflito".
As agressões "ressaltam a importância de realizar esforços comuns para uma estabilidade e segurança regional, incluindo a busca de uma solução política para o conflito do Iêmen", disseram os políticos europeus.
Os ataques com drones às duas refinarias da companhia estatal Aramco provocaram uma imediata queda de 50% da produção de petróleo da Arábia Saudita que teve impacto direto no preço do barril do petróleo nos mercados internacionais.
"Os ataques também acentuam a importância da necessidade de reduzir as tensões na região (do Golfo Pérsico) através de esforços diplomáticos constantes e com contatos com todas as partes", acrescentaram Merkel, Macron e Johnson.
Os três pediram que o Irã se comprometa com o diálogo e "evite escolher a provocação e o confronto".
"Reiteramos nossa convicção de que chegou o momento para o Irã aceitar negociações a longo prazo sobre seu programa nuclear, assim como sobre assuntos relacionados com a segurança regional, incluindo seu programa de mísseis", afirmaram. EFE
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