Topo
Notícias

Irmã de criação de menino esquartejado no DF vai morar com o pai no Acre

Menina de 8 anos que viu Rhuan ser esquartejado volta a morar com o pai - Arquivo pessoal
Menina de 8 anos que viu Rhuan ser esquartejado volta a morar com o pai Imagem: Arquivo pessoal
do UOL

Jéssica Nascimento

Colaboração para o UOL, em Brasília

17/06/2019 18h51

Após passar 15 dias em um abrigo no Distrito Federal, a irmã de criação de Rhuan, 9 - garoto que, segundo a polícia, foi morto pela mãe e pela companheira dela -, vai morar com o pai em Rio Branco. A passagem da menina de 8 anos foi paga pelo governo do Distrito Federal, e ela viajou ao Acre no último sábado (14).

A menina estava sob proteção do Conselho Tutelar desde o dia 1º de junho, quando Rhuan foi morto a facadas. As acusadas do crime são a mãe do menino, Rosana Auri da Silva Candido, e a companheira dela e mãe da garota, Kacyla Priscyla Santiago Damasceno Pessoa.

De acordo com o Conselho Tutelar, a criança vinha sendo atendida por psicólogos, assistentes sociais e fez pequenos passeios com o pai antes de viajar. Para a conselheira que acompanhou o caso, o resultado foi uma vitória.

"Houve alienação parental. A mãe da garotinha fez com que ela tivesse aversão à figura masculina, falava mal do pai e da família paterna. Eles não se viam havia cinco anos. Estamos felizes com esse final", disse Cláudia Regina Carvalho.

Ao UOL, o pai da menina contou que ela está bem, se alimentando e dormindo direito. Segundo Rodrigo Oliveira, de 29 anos, a garota continuará tendo assistência psicológica oferecida pelo governo do Acre.

"Os dias em que estive no DF foram de persistência e contamos muito com o apoio da equipe do abrigo, conselheiros e psicólogos. Espero e creio que tudo no seu tempo se normalizará. Tenho muito amor e dedicação para cuidar de minha filha e estou tendo uma ajuda fundamental da minha esposa", disse o servidor público.

Segundo o Conselho Tutelar, foi a própria menina que pediu para morar com o pai. Após a solicitação, foi feita uma reunião com a Defensoria Pública, psicólogos, Vara da Infância e Ministério Público, das duas unidades da Federação, e foi decidido que seria a hora.

"Finalmente ela vai ter um final feliz. Essa menina merece uma família depois de tudo que passou", afirmou a conselheira

O crime ocorreu no dia 1º de junho em Samambaia, região administrativa que fica a 24 km do centro de Brasília. De acordo com a Polícia Civi, Rhuan foi morto enquanto dormia por golpes de faca. Depois, o corpo do menino foi esquartejado.

Notícias