Ghosn é libertado pela 2ª vez após pagamento de fiança no Japão
Tóquio, 25 abr (EFE).- O ex-presidente da Nissan Motor, o brasileiro Carlos Ghosn, ganhou a liberdade nesta quinta-feira após pagamento de fiança, pela segunda vez, depois que o tribunal responsável pelo caso no Japão rejeitou um recurso apresentado pela promotoria.
Ghosn, com terno escuro e sem gravata, deixou o centro de reclusão no qual estava detido desde 4 de abril por volta das 22h20 locais (10h20 em Brasília), acompanhado de um representante da equipe de advogados que o defende.
O também ex-presidente de Renault e Mitsubishi, que é controlada pela Nissan, entrou em um veículo preto e partiu com rumo desconhecido, diante de dezenas de jornalistas que o aguardavam há várias horas em frente ao portão do centro de reclusão em Tóquio.
Esta é a segunda vez que Ghosn é libertado após pagar fiança depois de sua primeira detenção em 19 de novembro de 2018. Em 6 de março, o ex-executivo deixou a prisão sob fiança, mas foi detido novamente em 4 de abril devido às novas acusações apresentadas pela promotoria.
Entre as condições estipuladas agora pelo tribunal para sua liberdade está a impossibilidade de o ex-executivo se encontrar com sua esposa, Carole, a não ser que indique ao juiz a hora e o local onde pretende fazê-lo.
Carole Ghosn foi citada pela imprensa como uma das pessoas que teriam se beneficiado de determinadas operações financeiras irregulares que são atribuídas a Ghosn pela promotoria de Tóquio.
Ghosn foi libertado depois que seus advogados depositaram o valor da fiança requerida, 500 milhões de ienes (US$ 4,46 milhões), metade do valor solicitado pelo tribunal na vez anterior. EFE
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