Juros estavam "fora de sincronia" antes de corte do Fed e luta contra inflação ainda não terminou, diz Barkin
Por Howard Schneider
WILMINGTON, Carolina do Norte (Reuters) - O corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros do banco central dos Estados Unidos no mês passado foi um reconhecimento de que a taxa básica estava "fora de sincronia" com a situação da economia, mas não deve ser considerado como um sinal de que a batalha contra a inflação terminou, disse o presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, nesta quarta-feira.
Com a queda da inflação e o desemprego em torno de o que é considerado sua taxa sustentável de longo prazo, "o número que agora parecia fora de sincronia era a taxa básica do Fed, que não precisa mais ser tão restritiva, dado o progresso que foi feito", disse Barkin em comentários em uma conferência econômica da Universidade da Carolina do Norte.
As projeções de mais 0,50 ponto percentual de cortes do Fed até o final do ano "aliviam um pouco a tensão", disse ele.
Barkin disse que continua cauteloso em relação à inflação em meio à continuidade do forte crescimento econômico e disse achar que há condições em que o mercado de trabalho pode ficar mais apertado, em vez de mais fraco, nos próximos meses.
Barkin afirmou que, embora alguns aspectos da economia façam parecer que a "desinflação" continuará, "continua difícil dizer que a batalha contra a inflação já foi vencida".
Embora grande parte da discussão do Fed tenha sido sobre como evitar que a atual taxa de desemprego de 4,2% aumente ainda mais, Barkin argumentou que, se a economia continuar a crescer e a demanda aumentar, "os empregadores que estiverem com pouca mão de obra poderão muito bem se deparar com a falta" de trabalhadores e precisar contratar.
"Ao decidirmos com que rapidez e até onde ir durante esse ciclo de redução de juros, precisaremos estar atentos e aprender à medida que avançamos", disse ele.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.