Irã critica repressão contra protestos em campi dos EUA
O Irã condenou, nesta segunda-feira (29), as intervenções policiais em campi universitários dos Estados Unidos, onde surgiu nos últimos dias um movimento estudantil de apoio aos palestinos e contra a guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza.
Teerã "absolutamente não aceita o comportamento violento da polícia e do exército para acabar com o ambiente universitário e as reivindicações dos estudantes", declarou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanani.
"O governo americano praticamente ignorou as suas obrigações em matéria de direitos humanos e o respeito pelos princípios democráticos que professa", acrescentou.
Iniciado na Universidade de Columbia, em Nova York, o movimento estudantil se espalhou por outros campi do país, de Califórnia a Massachusetts, passando pelos estados do sul.
Ao longo do fim de semana, 100 pessoas foram presas em uma universidade de Boston, 80 em um campus do Missouri, 72 no Arizona e 23 em Indiana.
Os estudantes criticam o apoio militar dos Estados Unidos ao seu aliado israelense e exigem que a sua universidade corte relações com empresas relacionadas com Israel.
"O que temos observado nas universidades americanas nos últimos dias é o despertar da comunidade global e da opinião pública global sobre a questão palestina", disse Kanani.
"As vozes fortes dos manifestantes contra o crime e o genocídio não podem ser silenciadas pela ação policial e por políticas violentas", acrescentou.
No Irã, centenas de pessoas protestaram no domingo em Teerã e em outras grandes cidades em solidariedade com os protestos nos Estados Unidos.
ap-pdm/feb/es/mb/aa
© Agence France-Presse
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