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Faltou dinheiro? Ideias para conseguir de R$ 300 até mais de R$ 15 mil

do UOL

20/10/2020 04h00

Começo a coluna de hoje com três dados e uma pergunta:

  1. Seis em cada dez brasileiros perderam renda neste ano por conta da pandemia;
  2. Muitas casas tiveram de ter ambientes adaptados para o trabalho remoto e não à toa 40% da classe C fizeram mudanças de decoração na quarentena;
  3. 87,5% das pequenas empresas tiveram queda de faturamento neste ano.

Seja qual for a sua situação - queda de renda, pequenas reformas em casa, querer empreender, investir no negócio que já tem - faltou dinheiro. A pergunta é: como conseguir?

Na coluna de hoje, eu, Yolanda Fordelone, economista do Econoweek, explico três maneiras de conseguir dinheiro para as suas necessidades, das maiores até as menores quantias. E não estou falando de pouco dinheiro em alguns casos: na última opção você consegue, no mínimo, R$ 15 mil.

'Freelas' adicionais ao seu emprego principal

Quando saí do meu emprego CLT para ficar 100% no Econoweek, não consegui ficar parada. Fui atrás de trabalhos de trabalhos esporádicos, os freelances, mas conhecidos como freelas.

Meu salário na fintech onde trabalhava era de duas casas, acima de R$ 10 mil. Fiz um freela de duas semanas e consegui metade desse dinheiro adotando algumas práticas:

  • Avisei publicamente que estava sem emprego;
  • Passei a publicar mais conteúdos da minha área (economia e finanças) nas minhas redes sociais, inclusive LinkedIn;
  • Estou começando a olhar plataformas de freelas.

Minha dica é não subestimar esse dinheiro que vem de freelas achando que pode ser pouco. Mesmo que seja algo temporário (afinal poucas pessoas aguentam a jornada dupla de ter emprego formal mais algo temporário), se precisar de um fôlego financeiro no curto prazo, sugiro que comece a pensar nas suas habilidades e informar mais nas suas redes.

Para o melhor aproveitamento do LinkedIn, é indicado que você tenha uma foto de perfil, o que ajuda nas buscas por perfis na plataforma. Também reserve um tempo para preencher o máximo de informações possíveis no perfil para assim facilitar o trabalho de quem busca um profissional.

Outra dica é interagir com conteúdos da sua área para o seu perfil aparecer mais vezes no feed de outras pessoas. Além de curtir conteúdos, pode criar os seus, nem que seja compartilhando reportagens sobre a sua profissão dando uma opinião.

Crédito com garantia de imóvel financiado

Para quem precisa de quantias maiores, há uma nova opção no mercado que permite o compartilhamento da garantia, o imóvel financiado pode ser a garantia de um novo empréstimo, com juros que são baixíssimos.

O governo estabeleceu às regras para a nova modalidade em julho e já tem rolado opções neste sentido no mercado. Antes só era possível colocar como garantia um imóvel já quitado.

Funciona assim: você possui um imóvel financiado e pode pegar contratar um novo empréstimo, com a mesma instituição financeira na qual você contratou o financiamento, podendo pegar um valor igual ou menor do que o seu saldo devedor atual do financiamento, ou seja, o que ainda falta pagar. Lembrando que, o somatório do seu financiamento mais o valor do seu crédito não pode ultrapassar de 90% do valor do seu imóvel. Em uma opção oferecida no mercado, o valor mínimo era de R$ 15 mil e o máximo, de R$ 3 milhões.

As quantias envolvidas são altas e não estão atreladas ao imóvel. Ou seja, é um crédito livre. Você não precisa usar o dinheiro para reformar a casa, por exemplo. Pode usar para quitar uma dívida mais cara, dar um fôlego no negócio para aumentar a renda ou para qualquer outra coisa que quiser.

O imóvel financiado continua sendo seu: você pode morar nele, alugá-lo, etc. Mas esse imóvel serve como garantia para o novo empréstimo e por isso mesmo a taxa de juros fica menor: a partir de 0,56% ao mês (ou 6,9% ao ano). E aqui uma curiosidade: na última pesquisa do Banco Central, a taxa média de juros de um empréstimo comum ficou em 70,3% ao ano.

A taxa cobrada depende da análise de crédito, mas, em todo caso, a taxa de juros do empréstimo não poderá ser maior daquela aplicada para o contrato de financiamento.

Outra característica é que há um prazo maior para pagar do que um empréstimo comum. O prazo mínimo é de 1 ano e o máximo, de 15 anos, devendo acompanhar sempre o prazo restante do contrato de financiamento.

O importante aqui é que, se for simular e contratar, se programe para pagar em dia porque além da parcela do imóvel financiado também terá a parcela deste crédito. Use o dinheiro com moderação e para projetos e decisões que possam te ajudar financeiramente.

Itens parados em casa

Já que estamos em casa e em muitas empresas não há prazo para retorno aos escritórios, vale fazer uma limpa no guarda-roupa, estantes e em tudo o que estiver parado. E há muitas vantagens nisso. A primeira é o ganho de espaço.

A segunda é que você descobre itens que pode vender. Nesta quarentena, organizei minha estante de livros e descobri que um exemplar de Os Miseráveis que se tornou raro. Paguei R$ 60 há quatro anos e agora ele é vendido entre R$ 300 e R$ 950.

A terceira vantagem é que, se não quiser se desfazer de suas coisas, pode alugá-las. Isso vale para vestidos de festa, bicicletas e vários outros itens.

Onde buscar:

  • Na OLX ou mesmo plataformas especializadas em algum produto, como é o caso de roupas no Enjoei, você pode vender suas coisas;
  • O Itaú oferece um crédito de uso livre para quem tem um imóvel financiado. Significa que o mesmo imóvel pode ser utilizado como garantia para contratar o crédito. O cliente continua pagando as parcelas do financiamento imobiliário dele e recebe um crédito adicional, que pode ser utilizado como ele quiser.
  • A primeira opção para freelas e vagas é a própria página de oportunidades do LinkedIn;
  • Outro site que possui tanto vagas fixas como freelas é o 99 freelas;
  • O site Freelancer também oferece oportunidades para quem quer complementar a renda ou mesmo viver disso;
  • Para alugar seus itens, recomendo que veja este outro conteúdo onde falo do mercado de aluguel de coisas.

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