Brasil registra 3 mortes por síndrome infantil possivelmente ligada à covid
Descrita como síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P), o quadro pode afetar crianças de sete meses a adolescentes até 16 anos, segundo o ministério, e pode ser uma reação grave e tardia à infecção pelo novo coronavírus.
Os primeiros relatos de um conjunto de sintomas pouco comum foram vistos na Europa, no final de abril, quando os serviços de saúde do Reino Unido e da França reportaram alguns casos. No começo de maio, teve-se notícia de 15 crianças hospitalizadas em Nova York, nos Estados Unidos. Atualmente, há relatos de mais de 300 casos em todo o mundo.
Embora a maioria dos casos registrados no Brasil esteja associada a exames laboratoriais que diagnosticaram infecção atual ou recente pelo novo coronavírus, o ministério ressalta que ainda não há confirmação de causa e efeito. A pasta destaca que as ocorrências são raras diante do número maior de crianças e adolescentes que evoluíram bem após contrair o vírus.
Em 7 de agosto, a SBP divulgou uma nota de alerta para reforçar a necessidade de notificação obrigatória da síndrome em todo o País. "As crianças e adolescentes que manifestam a SIM-P são habitualmente saudáveis, mas podem apresentar alguma doença crônica preexistente, particularmente doenças imunossupressoras", dizem os especialistas que elaboraram o documento.
Sintomas
Logo no início das notificações em outros países, os sintomas relatados foram associados aos da síndrome de Kawasaki, uma inflamação sistêmica de causa ainda conhecida e mais comum na Ásia. Febre, dor de garganta, conjuntivite, manchas no corpo, vermelhidão na sola dos pés e na palma das mãos são alguns sinais relatados. A principal complicação é a ocorrência de aneurismas na artéria coronária, que se não for tratada adequadamente pode levar à morte.
Efeitos do coronavírus em crianças e adolescentes também têm despertado interesse de gestores, pressionados para decidir sobre retomada de aulas presenciais. Pesquisas preliminares mostram que as crianças se infectam de forma menos grave e transmitem menos a doença, mas há registros de países com alta de infecções após reabrirem colégios, como Israel. Já na Suécia estudos indicam que a volta às escolas não resultou em maior contágio.
No campo educacional, a falta de aulas em classe têm criado prejuízos à aprendizagem e ao desenvolvimento, perda do convívio social, problemas de saúde mental ou nutricionais.
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