Hong Kong volta a registrar confrontos
O grupo, que precisou adaptar a manifestação em um comício, pediu uma reforma na lei que permita que o chefe executivo local seja eleito diretamente e exortou a comunidade internacional a impor sanções ao governo de Hong Kong caso a mudança não aconteça.
Os organizadores solicitaram inicialmente uma autorização para uma marcha, mas a polícia só concordou com uma assembleia estática em um parque próximo ao Conselho Legislativo, alegando que os protestos anteriores se tornaram violentos.
Milhares de pessoas se reuniram sob um céu nublado no Chatter Park antes de seguirem rumo à Chater Road, no centro financeiro da cidade.
A maioria dos participantes usava camisas pretas, a cor habitual dos atos em Hong Kong, e alguns carregavam bandeiras americanas ou britânicas. Após uma hora e meia de protestos, os manifestantes começaram a marchar pela Chatter Road, o que levou a polícia a exigir a interrupção da marcha, alegando que alguns participantes tinham começado a atirar pedras e coquetéis molotov ao longo do percurso.
Segundo informações divulgadas pela polícia através do Facebook, alguns participantes bloquearam as estradas com guarda-chuvas e mobiliário urbano, retiraram tijolos da calçada e quebraram alguns semáforos. A polícia lançou gás lacrimogêneo para dispersar a multidão. Segundo a polícia, a dispersão aconteceu após manifestantes jogarem garrafas de água e tinta nos agentes.
Pelo menos quatro pessoas foram presas na área por posse de bastões, martelos e chaves-inglesas, disseram as forças de segurança, que usaram gás lacrimogêneo diversas vezes para dispersar o protesto. Dois policiais foram agredidos. "Atos dessa natureza não podem ser aceitáveis", afirmou a polícia em um comunicado no Facebook.
Os manifestantes pediram à população para manter viva a chama do movimento de protesto durante 2020 e lembraram ao governo, através de gritos e cartazes, as exigências do movimento pró-democracia. Hong Kong está há sete meses mergulhada em protestos nas ruas, alguns violentos, que levaram à sua pior crise em décadas.
Entre as reivindicações, a principal era a retirada do projeto de lei de extradição de presos à China, o que já foi conquistado. Eles querem agora uma investigação independente do que consideram ser truculência policial diante dos protestos, a libertação dos mais de 6 mil detidos até hoje, o não reconhecimento dos protestos como revolta e o voto universal para eleger o chefe executivo.
JPS/efe/ots
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