Governo interino da Bolívia envia projeto para novas eleições, mortos sobem para 32
Por Daniel Ramos e Diego Oré
LA PAZ/CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - O governo interino da Bolívia, que assumiu depois da renúncia do de Evo Morales, apresentou nesta quarta-feira um projeto de lei para convocação de eleições e acalmar a violência que já deixou 32 mortos desde o polêmico pleito de 20 de outubro.
A Comissão de Constituição do Senado da Bolívia tratará do projeto na quinta-feira. O texto declara como nula a eleição de outubro e prevê a nomeação de novos membros do Tribunal Supremo Eleitoral dentro de 15 dias para que, após as nomeações, nova votação seja convocada no país dentro de 48 horas.
"Com a finalidade de pacificar o país (...) o governo sob a liderança da presidente Jeanine Añez tomou a decisão de elaborar uma norma excepcional que permita a realização de um processo eleitoral nacional transparente, com um órgão eleitoral de credibilidade e profissional", afirma o projeto de lei.
A Bolívia está dividida entre partidários e opositores de Morales, que governou o país por quase 14 anos.
Morales renunciou em 10 de novembro, pressionado por manifestantes, grupos civis, forças de segurança e aliados, assim como por uma auditoria internacional que encontrou sérias irregularidades na contagem dos votos e colocou em dúvida a nova vitória do agora ex-presidente.
Do México, Morales acusou o governo interino de usar força excessiva para conter os protestos. Ele tem expressado desejo de regressar para a Bolívia e terminar seu mandato, até 22 de janeiro, mas disse que foi informado que os Estados Unidos não querem que ele retorne ao país.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.