Leilão de maquininhas do BNB atrai de novatas a líderes do setor
O BNB iniciou o processo de seleção de uma empresa no setor no início do mês passado, conforme informou em comunicado ao mercado. A disputa já estaria na segunda etapa, dizem duas fontes, que pedem anonimato. A partir de agora, os candidatos partem para as chamadas ofertas vinculantes, ou seja, que representam um compromisso firme com o negócio.
Procurado, o BNB informou que dez empresas apresentaram propostas de intenção na parceria, sem revelar os nomes dos candidatos. O banco diz ainda que todos serão analisados, conforme critérios previamente definidos. A seleção pode envolver mais de uma empresa e não terá exclusividade.
A lista de exigências para o concorrente estar apto inclui: atuar com as principais bandeiras; experiência ou com modelos de negócios inovadores e capacidade de investimento; não ter causado prejuízo financeiro e/ou de reputação ao Banco do Nordeste; não ser contraparte em ação judicial considerada relevante; não apresentar conflito de interesses; e, por fim, atender todas as determinações legais aplicáveis à parceria.
Um dos candidatos que teriam tido interesse ao longo do processo de concorrência, segundo fontes, seria a Cactvs. Fundada em novembro de 2020, a fintech tem como sócios Passos e sua esposa, Kelvia Passos. Ambos tiveram passagem pelo BNB. Kelvia foi gerente do BNB por 19 anos, deixando o posto no mês passado. Já Fernando Passos teve sua gestão no BNB questionada por supostas irregularidades, durante os anos de 2012 e 2013.
Não se sabe, porém, quais dos candidatos que fizeram proposta na primeira etapa darão o lance na segunda. Nos últimos anos, o mercado de maquininhas foi palco de uma crescente disputa, com a explosão do número de concorrentes. No passado, era restrito a um duopólio formado por Cielo (de Bradesco e Banco do Brasil) e Rede (do Itaú Unibanco). Hoje, são mais de 20 grupos, além de centenas de subadquirentes.
O alvo é o mesmo: o promissor mercado de pagamentos no País. No ano passado, o setor atingiu a marca recorde de R$ 2 trilhões alta de 8,2% ante 2019, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).
Procurada, a Cactvs não comentou. A Getnet também não se manifestou.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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