Topo
Notícias

EUA batem a marca de 1 milhão de casos de covid-19; veja números no país

Atendente limpa mesa de cliente em restaurante em Brookhaven, na Geórgia - Jessica McGowan - 27.abr.2020/AFP
Atendente limpa mesa de cliente em restaurante em Brookhaven, na Geórgia Imagem: Jessica McGowan - 27.abr.2020/AFP
do UOL

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

28/04/2020 15h25

Os Estados Unidos ultrapassaram hoje a marca de 1 milhão de casos do novo coronavírus, segundo dados contabilizados pela Universidade Johns Hopkins. Além de sua população, o número é reflexo do fato de país ser líder mundial na quantidade de testes. São cerca de 250 mil exames feitos por dia.

Os números de casos, porém, não indicam ainda o início de uma desaceleração na pandemia no país, como já se observa em parte da Ásia e da Europa. A curva de novos casos por dia ainda está em processo de achatamento, o que começou a acontecer no início da segunda quinzena de abril. Em média, o país tem registrado cerca de 30 mil casos por dia.

Mesmo assim, alguns estados americanos já começaram a retomar atividades que estavam paradas. O país tem mais de 57 mil mortes em razão da covid-19. O governo federal, porém, tem projeções de que este número pode ficar entre 100 mil e 240 mil.

Compare dados do coronavírus nos EUA e no Brasil:

Quando o primeiro caso foi confirmado?

Nos Estados Unidos, o primeiro caso foi confirmado em 20 de janeiro. Um mês depois, eles eram 16. Na época, o presidente Donald Trump disse que eles iriam logo sumir, e ir a zero. Em 20 de março, ou seja, dois meses depois, já eram quase 20 mil casos. Agora, os casos já passam de um milhão.

No Brasil, o primeiro caso foi confirmado em 26 de fevereiro. Mas a velocidade de crescimento foi maior do que nos EUA, já tendo 2.915 casos um mês depois. Ontem (27), o país já tinha 66.501 pessoas contaminadas com a covid-19.

Quantos testes foram feitos?

A comparação entre os dois países, porém, fica prejudicada por conta da subnotificação no Brasil.

Segundo dados da Universidade de Oxford, os Estados Unidos são o país que mais fazem teste no mundo. Até ontem (27), há registro de cerca de 5,6 milhões de exames realizados.

No Brasil, não há dado preciso sobre quantos testes já foram feitos. O governo federal não sabe dizer quantos testes já foram feitos ou quantos kits há disponíveis em todo país. Segundo o Ministério da Saúde, ao menos 2,5 milhões de exames já foram distribuídos entre as 27 unidades da federação.

Quantas mortes há em cada país?

Os Estados Unidos registraram sua primeira morte por covid-19 em 29 de fevereiro. Um mês depois, no final de março, o país já havia passado da barreira de 4.000 mortes. Ontem (27), os óbitos já somavam mais de 57 mil.

No Brasil, a primeira morte foi anunciada em 17 de março. Na segunda (27), os falecimentos já haviam passado de 4.500, segundo os números oficiais do governo.

Quantas pessoas se curaram em cada país?

Nos Estados Unidos, ao menos 111,5 mil pessoas já estão curadas após serem infectadas pelo novo coronavírus.

No Brasil, o Ministério da Saúde diz que, até segunda (27), 31.142 pessoas se recuperaram do vírus.

Qual é a população de cada país?

Os Estados Unidos possuem mais de 327 milhões de habitantes. Já o Brasil tem cerca de 210 milhões.

Pandemia sem precedentes

A marca de 1 milhão de casos nos Estados Unidos mostra que "essa pandemia global sem precedentes pegou o mundo despreparado, apesar dos grandes avanços da ciência e da medicina", diz ao UOL o virologista Sthepen J. Polyak, professor da Universidade de Washington.

Autoridades de saúde e especialistas têm aconselhado a não se fazer a reabertura dos estados neste momento. O temor é de que a pandemia ganhe mais força com a retirada de medidas de isolamento social.

Estudos da agência governamental do Departamento de Saúde dos Estados Unidos apontam que o controle da mobilidade reduziu significativamente a proliferação da covid-19 na China, origem da pandemia, ressalvando que ações de isolamento levam tempo para apresentar resultado.

"Se o vírus ainda estiver por aí e se espalhando, a reabertura cedo demais pode levar a mais doentes e mortes", diz Polyak.

Notícias