Ataque insurgente na Índia termina com 11 mortos, entre eles um político
Nova Délhi, 21 mai (EFE).- Um grupo de supostos insurgentes matou a tiros nesta terça-feira 11 pessoas que viajavam em um comboio no nordeste da Índia, entre elas um parlamentar regional candidato à reeleição, faltando dois dias para a divulgação dos resultados das eleições gerais no país.
Tirong Aboh, de 41 anos e membro do Partido Popular Nacional (NPP, na sigla em inglês), vários de seus familiares e soldados das forças de segurança foram vítimas de uma emboscada no remoto estado de Arunachal Pradesh, no nordeste do país, informou o chefe da polícia regional, S.B.K. Singh, à agência indiana "PTI".
O crime aconteceu no distrito de Tirap quando o comboio se dirigia para o reduto eleitoral do político. Entre os mortos há também um filho de Aboh e um membro das forças de segurança, segundo a polícia.
O líder do NPP e chefe de governo do estado de Meghalaya, Conrad Sangma, confirmou no Twitter o falecimento do parlamentar e de sua família em um ataque que classificou de "brutal".
As autoridades responsabilizaram a guerrilha Conselho Nacional Socialista de Nagaland-Isak Muivah (NSCN-IM) pelo ataque, uma facção do NSCN, um dos grupos mais poderosos e antigos do nordeste da Índia que luta pela criação da "Grande Nagaland", um Estado soberano - Nagalim - que consistiria das áreas habitadas pelo povo de etnia naga no nordeste da Índia e no noroeste de Mianmar.
Após décadas de violência e milhares de mortes, o governo e o NSCN-IM assinaram um acordo em agosto de 2015, qualificado de "histórico" pelo governo do primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, mas, desde então, um pacto definitivo de paz não foi consumado.
Além disso, outras facções dissidentes do NSCN também continuam ativas na região. EFE
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