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Borja xingado e Carlos Eduardo vai mal: ataque do Palmeiras é criticado

18/02/2019 07h00

O Palmeiras tem sete gols nestas sete primeiras rodadas do Campeonato Paulista, e no empate em 0 a 0 com a Ferroviária dois jogadores de frente incomodaram a torcida. Borja chegou a ser xingado pelo público que estava na Fonte Luminosa, enquanto Carlos Eduardo teve outra partida ruim e acabou substituído no intervalo.

O centroavante colombiano é o artilheiro do Verdão em 2019, com dois gols. Ele foi, também, quem mais acertou a meta em Araraquara (SP): duas das três finalizações certas do time vieram dele. Mas foi o camisa 9, também, quem teve mais tiros errados (dois, assim como Carlos Eduardo). A dificuldade de Borja para voltar a marcar foi o que gerou a ira da torcida.

- Jogadores de alta performance devem saber suportar situações em que não estejam jogando maravilhosamente bem ou que não estejam fazendo gols quando são atacantes, ou que tenham alguma dificuldade de produção no meio-campo quando estejam na armação. É normal. O jogador tem que ter personalidade para enfrentar, e é o que eu espero que o Borja tenha para enfrentar. É nosso atacante e, com personalidade, com a equipe se voltando toda para ajudar o companheiro, vai nos ajudar - pontuou Luiz Felipe Scolari.

Borja é neste momento praticamente a única opção para a referência do ataque. Deyverson foi suspenso por seis jogos após a expulsão no Dérbi, e Arthur Cabral não está inscrito no Paulistão. Ricardo Goulart seria um candidato a atuar improvisado, mas já disse que prefere ficar na linha de meias, atrás do centroavante.

Para os lados, as opções também estão ficando escassas no momento. Além de Willian estar se recuperando de uma lesão no joelho, Gustavo Scarpa se machucou na semana passada, e agora há o temor de que Felipe Pires também fique cerca de um mês fora. Assim, cresce o papel de Carlos Eduardo, que vive um início complicado no Palmeiras.

Depois de um jogo ruim contra o Corinthians, em que foi substituído no intervalo, o camisa 37 teve outra oportunidade de começar jogando em Araraquara, e teve novo desempenho abaixo do esperado. Ele e Bruno Henrique foram os palmeirenses que mais perderam bola no jogo (quatro cada um), e o ex-atacante do Pyramids FC (EGI) desperdiçou a chance mais clara, de cabeça, livre, ainda no primeiro tempo.

- Não sei se faltou capricho ou se ele caprichou demais. Parecia tão fácil para quem estava de fora, mas lá dentro (o jogador) participa de outra forma e pode não sair o gol. Se tivéssemos feito um gol no primeiro tempo, o jogo seria bem diferente. Mas vamos ter de corrigir e não discutir abertamente as dificuldades que tivemos - completou Scolari.

O Palmeiras é o terceiro time que mais finaliza no Paulistão (média de 13,4 tentativas por jogo), só atrás de Santos e Red Bull. O problema é que é a segunda equipe com pior mira - só acerta 27,7% dos tiros que arrisca. Apenas a Ponte Preta tem um percentual pior, de 24,4%.

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