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Treinos e resultados ruins no ano: como a Juazeirense chega para o jogo contra o Vasco, pela Copa do Brasil

05/02/2019 09h00

O Vasco começa a trajetória em busca do bicampeonato da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Com um aproveitamento perfeito na temporada, o primeiro adversário será a Juazeirense, da Bahia. O duelo será disputado no Estádio Adauto Moraes, em Juazeiro, às 21h30, e o Vasco possui a vantagem de empatar para se classificar à segunda fase da competição. O LANCE! detalha o momento e a história da Juazeirense.

EVOLUÇÃO NACIONAL

A Sociedade Desportiva Juazeirense possui apenas 12 anos de vida, já que foi fundada em 12 de dezembro de 2006. Apesar do pouco tempo de existência, a equipe baiana já aparece no cenário de competições nacionais com frequência. Essa será a segunda participação do Tricolor do Sertão na Copa do Brasil - antes, em 2016, eles foram eliminados na segunda fase.

A Juazeirense disputa a divisão de elite do Campeonato Baiano e já participou da Série C, a terceira divisão do Brasileirão, em duas oportunidades. No ano passado, foram rebaixados na competição e, por consequência, vão disputar a Série D nessa temporada. Apesar disso, é impossível não dizer que construir toda essa história com apenas 12 anos de existência não é algo comum no futebol brasileiro.

DESEMPENHO RUIM EM 2019

A Juazeirense ainda não venceu na atual temporada. Com um desempenho abaixo do esperado, a equipe, em três rodadas do Campeonato Baiano, empatou duas vezes e perdeu uma, levando pelo menos um gol em todos os duelos que fez. A única derrota até aqui foi dolorida: um 7 a 1 para o Bahia, na Arena Fonte Nova. Na ocasião, o lateral Ewerton balançou as redes para o Tricolor do sertão.

CONTRATAÇÕES EMERGENCIAIS

Após a goleada sofrida pelo Bahia e os resultados negativos no Campeonato Estadual, a diretoria da Juazeirense buscou agir e contratou alguns jogadores, com o intuito de reforçar o elenco e melhorar o desempenho na competição. Entre as novas aquisições, estão o zagueiro Emerson, o lateral-direito Alex Travassos, o meio-campista Waguinho e o atacante Jonathan Balotelli, que chegou com mais alarde e deve assumir a vaga na equipe titular contra o Cruz-Maltino.

PERIGO PELO ALTO

Até agora, o artilheiro da equipe na temporada é o zagueiro Emílio, com dois gols marcados até aqui. Essa evidencia uma das principais armas da Juazeirense, que é o jogo aéreo. Os baianos atacam por meio de cruzamentos na direção da área com frequência. A formação mais utilizada até esse ponto foi o 4-4-2, com três volantes, um meio-campista mais avançado, responsável pela criação de jogadas, e dois atacantes.

TEMPO PARA TREINAMENTOS

Após o empate diante do Jequié por 1 a 1, pela terceira rodada do Campeonato Baiano, o treinador Adauto Menezes solicitou à Federação Baiana de Futebol (FBF) que cancelasse a partida contra o Fluminense de Feira de Santana, que estava marcada para o último sábado. Após o pedido, o duelo foi remarcado para o próximo dia 20 e, por consequência, a Juazeirense está treinando com foco para a partida contra o Vasco e trabalhando o entrosamento com os novos jogadores desde o dia 28 de janeiro.

DIVISA PETROLINA-JUAZEIRO

"Hoje eu me lembro que nos tempos de criança

Esquisito era a carranca e o apito do trem

Mas achava lindo quando a ponte levantava

E o vapor passava num gostoso vai e vem

Petrolina, Juazeiro, Juazeiro, Petrolina

Todas duas eu acho uma coisa linda

Eu gosto de Juazeiro e adoro Petrolina"

A letra, original de Jorge de Altinho e regrava inúmeras vezes por nomes como Alceu Valença e Luiz Gonzaga, na canção "Petrolina-Juazeiro" exemplifica a situação do Vasco. Petrolina, em Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia, são separadas por uma ponte de 800 metros sobre o Rio São Francisco. A cidade pernambucana, com 300 mil habitantes, é afastada pela baiana, com 100 mil cidadãos a menos, por um caminho com cerca de dez minutos de distância.

A proximidade é tão grande que o Vasco desembarcou em Petrolina-PE nesta segunda-feira e vai treinar em Juazeiro-BA, local da partida, apenas na terça-feira. Por conta da proximidade entre as duas urbes, pode ser mais fácil, em questões de logística, que o Cruz-Maltino saia de Pernambuco para a Bahia do que se deslocar dentro do próprio território baiano.

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