Debate em SP teve 11 pedidos de direito de resposta, mas todos são negados

Os candidatos à Prefeitura de São Paulo fizeram 11 pedidos de direito de resposta durante o debate da Record neste sábado (28), mas todos foram negados pela organização do encontro.
O que aconteceu
Pablo Marçal (PRTB) foi quem mais fez pedidos, com um total de cinco solicitações. Guilherme Boulos (PSOL) fez três pedidos de direito de resposta, ficando em segundo lugar. Ricardo Nunes (MDB), Tabata Amaral (PSB) e Marina Helena (Novo) fizeram um pedido cada um. Datena não fez nenhum pedido.
Regra do debate previa direito de resposta somente em casos de ofensa pessoal. Com diretrizes mais rígidas, a Record conseguiu evitar ataques entre os candidatos, mas os próprios convidados também adotaram comportamento menos agressivo.
Única punição por desrespeito às regras foi feita a Pablo Marçal. O ex-coach recebeu uma advertência por ter chamado Boulos de "Boules", em referência a um hino em linguagem neutra tocado em evento com a presença do socialista. Com a punição, ele perdeu 30 segundos nas considerações finais durante o primeiro bloco, de um total de 1 minuto e 30 segundos.
Alvo principal do debate foi Ricardo Nunes. Os adversários do prefeito criticaram a gestão dele especialmente nos temas de segurança, educação e aumento da população de rua. Marçal teve uma postura mais contida, mas não deixou de fazer ataques pessoais a Nunes. Foi ele quem mais tentou, por exemplo, ligar Nunes a investigações sobre desvios em creches.
Ex-coach foi isolado pelos demais candidatos. Eles evitaram fazer perguntas para Marçal nos confrontos diretos e o deixaram isolado mais para o final dos blocos. Marina Helena, a primeira que se dirigiu a Marçal, perguntou a ele sobre aumentos de impostos. O influenciador respondeu criticando a adversária e o partido Novo por usar dinheiro do fundo eleitoral.
*Participam desta cobertura: Anna Satie, Bruno Luiz, Caíque Alencar, Laila Nery, Manuela Rached Pereira, Rafael Neves e Saulo Pereira Guimarães, do UOL, em São Paulo, e Caio Santana, colaboração para o UOL