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Marçal se compara a vítimas de violência doméstica, e Tabata reage: 'Piada'

do UOL

Do UOL, em São Paulo

20/09/2024 14h43

Em debate do SBT para a Prefeitura de São Paulo, nesta sexta (20), o empresário Pablo Marçal (PRTB) comparou a violência sofrida por mulheres à agressão que sofreu de José Luiz Datena (PSDB), no último domingo (15).

O que aconteceu

Marçal disse ser "um símbolo de agressão de alguém que não consegue debater ideia". O candidato, que respondia a uma pergunta de Tabata Amaral (PSB) sobre feminicídio e estupros em São Paulo, mostrou o braço enfaixado e equiparou a agressão que sofreu de Datena, no debate da TV Cultura, a casos de mulheres que são vítimas de violência por usar saia curta na rua.

A grande verdade é que a gente já não aguenta mais homens fracos que não conseguem debater ideias e partem para agressão. Eu sou um símbolo de agressão de alguém que não consegue debater ideia e vai para cima. Você imagina, a culpa é minha? A culpa é da mulher que está usando saia curta? A culpa é de quem? A culpa é sempre do agressor, e nós vamos combater vocês veementemente. Pablo Marçal (PRTB), em resposta a uma pergunta sobre violência contra a mulher

Tabata reagiu criticando a declaração de Marçal. "Eu não tenho nem palavras com quem faz piada com coisa tão séria", disse a candidata.

A declaração de Marçal tinha sido um ataque indireto a Datena e ao prefeito Ricardo Nunes (MDB). Após citar suas propostas para combater a violência contra a mulher, Marçal disse que o debate tinha "dois homens que são agressores, cada um numa modalidade". O empresário afirmou que não citaria o nome dos candidatos para não dar direito de resposta a eles.

Datena quis direito de resposta, mas o pedido foi negado. No debate da TV Cultura, ele agrediu Marçal após o adversário explorar uma ocorrência em que o apresentador foi acusado de assédio por uma repórter do programa Brasil Urgente, da Band, em 2019. O caso foi arquivado após a jornalista retirar as acusações. Já a esposa de Nunes, Regina Carnovale, fez um boletim de ocorrência em 2011 contra o marido. Em 2020, quando o caso veio a público, Regina negou as agressões.

Aqui no nosso debate tem dois homens que são agressores. Cada um numa modalidade, Não falei o nome, então não tem direito de resposta. E a grande verdade é que vai ter um aplicativo pra você, que esses homens, todos eles, que forem agressores em qualquer nível, não só de feminicídio, eles serão cadastrados nesse aplicativo. E você, que é mulher, se esse homem invadir sua esfera de segurança o seu celular vai tocar, e o da entidade policial também
Pablo Marçal (PRTB), em citação indireta a Nunes e Datena

* Participaram desta cobertura Ana Paula Bimbati, Anna Satie, Bruno Luiz, Caíque Alencar, Fabíola Perez, Rafael Neves, Saulo Pereira Guimarães e Wanderley Preite Sobrinho, do UOL, e Letícia Polydoro, colaboração para o UOL

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