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Desembolsos do BNDES sobem 22% e somam R$23,3 bi no 1º tri

09/05/2024 17h13

RIO DE JANEIRO (Reuters) -Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no primeiro trimestre deste ano somaram 23,3 bilhões de reais, alta de 22% sobre o mesmo período do ano passado, afirmou o presidente da instituição, Aloizio Mercadante, nesta quinta-feira.

As aprovações de crédito avançaram 91% no período, para 24,7 bilhões de reais, enquanto as consultas por financiamentos subiram 68%, para 61 bilhões de reais.

O BNDES também divulgou nesta quinta lucro líquido recorrente de 2,7 bilhões de reais nos três meses encerrados em março, uma alta ano a ano de 58,8%.

"O resultado do banco foi extraordinário, consistente, sólido e promissor", disse Mercadante a jornalistas após a apresentação do balanço.

Segundo Mercadante, o banco de fomento está em busca de novas fontes de financiamento para acelerar o ritmo de empréstimos esse ano. O BNDES espera captar no exterior 4,6 bilhões de dólares, mas parte desses recursos podem estar disponíveis só em 2025.

No primeiro trimestre, a captação foi de 200 milhões de dólares, sendo que outros 1,6 bilhão dependem de questões burocráticas para serem viabilizados, segundo Mercadante.

Já a carteira de participações societárias do BNDES ficou estável no período e atingiu 78 bilhões de reais.

AJUDA AO SUL

O presidente do BNDES afirmou que o banco não medirá esforços para ajudar as empresas gaúchas afetadas pelo temporal da última semana que já matou mais de 100 pessoas e deixou um enorme rastro de destruição.

Algumas medidas de socorro já foram anunciadas nessa quinta-feira pelo governo federal que englobam os bancos públicos federais, entre eles, o BNDES.

O governo se comprometeu a injetar 500 milhões de reais no FGI PEAC, e o banco estima que esses recursos podem alavancar 5 bilhões em empréstimos a empresas afetadas pela enxurrada.

O programa de ajuda prevê ainda a suspensão por 12 meses do pagamento de empréstimos de empresas com CNPJ no Estado do Rio Grande do Sul contratados juntos ao banco de fomento. Essas empresas poderão após um ano diluir o que deixou de ser pago no período ou conseguir mais um ano de prazo para quitar o passivo. Caberá à empresa escolher o que for melhor para ela.

O banco tem em carteira um saldo de 22 bilhões de reais em recursos empréstimos e um total de 56 mil operações.

Segundo Mercadante, a medida pode dar um alívio de caixa para as empresas gaúchas de 7,6 bilhões de reais. "Estamos dando até um ano de suspensão do pagamento da dívida com BNDES e isso pode beneficiar mais de 50 mil micro e pequenas empresas. Tem ainda o aporte da Fazenda de 500 milhões no fundo garantidor. É dinheiro novo, podemos ter novas medidas. O BNDES não vai poupar esforços para ajudar a reconstruir o Rio Grande do Sul."

(Por Rodrigo Viga GaierEdição de Patrícia Vilas Boas e Pedro Fonseca)

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