EUA dizem que não renovarão alívio de sanções ao petróleo da Venezuela, a menos que haja progresso sobre eleição
Por Daphne Psaledakis, Marianna Parraga e Matt Spetalnick
WASHINGTON/HOUSTON, 15 Abr (Reuters) - Os EUA não renovarão uma licença temporária que expirará na quinta-feira que havia amplamente aliviado sanções contra o setor de petróleo e gás da Venezuela, segundo um porta-voz do Departamento de Estado, a menos que o presidente Nicolás Maduro faça progressos em compromissos para realizar eleições justas e livres neste ano.
Os EUA estão preocupados com o processo eleitoral da Venezuela e com o que consideram ser o fracasso de Maduro em cumprir sua principal promessa sobre as eleições presidenciais de 28 de julho.
“Se não houver progresso de Maduro e seus representantes na implementação das provisões do plano de ação, os Estados Unidos não renovarão a licença quando ela expirar em 18 de abril de 2024”, afirmou o porta-voz nesta segunda-feira.
O governo Biden tem pouca esperança de que Maduro fará concessões suficientes antes do prazo de quinta-feira para satisfazer as demandas dos EUA. Autoridades norte-americanas e venezuelanas se reuniram secretamente no México na última terça-feira, mas uma fonte com conhecimento das conversas afirmou que pouco ou nenhum progresso foi alcançado para diminuir as divergências.
A não renovação da atual licença não descartaria a possibilidade de os EUA emitirem uma nova e mais restritiva licença para substituí-la.
A empresa petrolífera estatal da Venezuela, PDVSA, disse que está preparada para qualquer cenário, incluindo o retorno das sanções totais ao petróleo.
Assessores do presidente dos EUA , Joe Biden, ainda estão discutindo uma série de opções antes do vencimento da licença temporária dos EUA que permitiu à Venezuela vender livremente seu petróleo bruto, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto.
A administração Biden está determinada a punir o governo de Maduro de alguma forma e está deliberando sobre até onde ir na retirada do alívio das sanções, embora se espere que não haja um retorno total à política de "pressão máxima" da era Trump.
(Reportagem de Daphne Psaledakis e Matt Spetalnick em Washington, Marianna Parraga em Houston, Julia Symmes Cobb em Bogotá e Vivian Sequera em Caracas)
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