Paraguai chega a 645 mil vacinados e começará imunizar maiores de 50 anos

Assunção, 25 jun (EFE).- O Ministério da Saúde do Paraguai vai reduzir a idade de vacinação para 50 anos a partir da segunda-feira, com o objetivo de avançar no plano de imunização contra a covid-19, com 645.111 pessoas que receberam pelo menos uma dose desde fevereiro, enquanto o país ultrapassa as 12 mil mortes.

A vacinação no Paraguai, com pouco mais de 7 milhões de habitantes, continua dependendo das vacinas disponíveis, que chegam de forma intermitente e em remessas em muitos casos de doações de outros governos.

A vacinação de pessoas de 50 anos será realizada entre segunda e quarta-feira, por meio de um cédula de identificação, já que nas quintas e sextas-feiras serão utilizadas para a aplicação das segundas doses, afirma o diretor do Programa Ampliado de Imunizações (PAI), Héctor Castro, durante entrevista coletiva.

"Para nós é uma grande notícia poder chegar a esta idade", disse Castro.

Desde que as autoridades sanitárias baixaram a idade de vacinação para 55 anos, o ritmo de vacinação acelerou, graças também à abertura de postos de vacinação nos fins de semana e à organização de dias específicos para grupos específicos, como no caso das grávidas.

Dados do Ministério da Saúde, fechados ontem, foram registrados 645.111 vacinados, dos quais 538.061 pertencem ao grupo de 52 anos ou mais, 96.248 são profissionais da saúde e 10,8 mil gestantes.

Castro destacou que o número de gestantes cadastradas para receber a vacina, no caso Moderna, aumentou para 18 mil.

CHEGADA DE MAIS VACINAS

O Paraguai espera a chegada de 150 mil doses da Moderna para o primeiro fim de semana de julho.

As autoridades sanitárias destinavam esta vacina às gestantes e, uma vez já garantida a reserva da primeira e a segunda doses para esse grupo, a Moderna passou a ser aplicada nos maiores de 52 anos.

Castro adiantou que essa nova remessa será usada para garantir a segunda dose para a faixa etária dos 50 anos.

O Ministério da Saúde também aguarda o recebimento do segundo componente da Sputnik V, com a promessa do Fundo Russo de Investimentos Diretos (FIDR) de que o carregamento chegará dentro de três meses da aplicação entre as doses.

O último lote da vacina russa, parte das 1 milhão de doses adquiridas, desembarcou no Paraguai no último dia 8.

Quanto às vacinas cubanas, Abdala (eficácia de 92,2%) e Soberana 02 (eficácia de 62%), segundo as instituições científicas cubanas, Castro disse que ainda estão à espera dos resultados oficiais e que continuam as "reuniões sobre o assunto".

O Paraguai acumula 12.086 mortes por covid-19, 413.457 casos e 354.697 pessoas recuperadas desde março de 2020.