Ministério Público francês pede que Sarkozy cumpra 6 meses de prisão
Os dois procuradores que falaram hoje no Tribunal Correcional de Paris destacaram que o ex-chefe de Estado teve "total desenvoltura" na administração das finanças de uma campanha que foi "feita de ouro maciço" e que custou quase o dobro do limite estabelecido por lei.
No total, custou cerca de 43 milhões de euros, face ao limite máximo de 22,5 milhões autorizado para um candidato que passasse ao segundo turno.
De acordo com a acusação, o preço real dos cerca de 40 eventos organizados em 2012 pela empresa Bygmalion, que dá nome ao caso, foi drasticamente reduzido, e o restante foi pago pelo partido UMP - posteriormente rebatizado de Republicanos - no conceito de convenções fictícias.
Sarkozy, que estava ausente da audiência, só compareceu ao tribunal uma vez, na última terça-feira, quando foi sua vez de testemunhar.
"Coube ao diretor de campanha organizar a campanha e a mim fazê-la. Sou conhecido por delegar muito. Não posso cuidar de tudo", declarou então o ex-presidente francês, que sustenta em sua defesa que desconhecia o esquema fraudulento.
Outras 13 pessoas estão sendo julgadas por seu envolvimento no sistema de cobrança dupla.
Para eles, os pedidos de penas vão de 18 meses a quatro anos de prisão, além de multas no valor de até 50 mil euros.
Para o ex-vice-diretor da campanha, Jérôme Lavrilleux, o único que reconheceu a fraude, os promotores pediram três anos de prisão com isenção de cumprimento e multa de 50 mil euros.
Para os três ex-dirigentes da empresa Bygmalion, que admitiram a utilização do sistema de faturas falsas, pediram 18 meses de prisão com isenção de cumprimento.
Este é um dos três processos judiciais aos quais o político conservador francês responde atualmente.
Em março, Sarkozy se tornou o primeiro ex-presidente francês a ser condenado à prisão, após ser sentenciado em um processo diferente, por corrupção e tráfico de influência, a um ano de detenção.
A sentença, no entanto, foi suspensa após uma apelação à Suprema Corte da França.
Além disso, o ex-presidente francês é acusado de associação criminosa em uma investigação sobre o suposto financiamento pelo regime líbio de Muammar Gaddafi de sua campanha presidencial em 2007, quando foi eleito.
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