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Mãe de Henry é internada com covid na prisão; advogados reagem com surpresa

8.abr.2021 - Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, 4, morto na madrugada de 8 de março - Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
8.abr.2021 - Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, 4, morto na madrugada de 8 de março Imagem: Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo
do UOL

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

20/04/2021 07h25

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, morto em 8 de março, foi diagnosticada com coronavírus ontem e precisou ser isolada em hospital penitenciário. Ela está presa desde o dia 8 de abril, assim como o namorado, o vereador Dr. Jairinho, que também é investigado por homicídio duplamente qualificado.

Em nota, a Seap (Secretaria de Estado de Administração Penitenciária) afirma que, após solicitar atendimento médico, a interna foi encaminhada ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no complexo de Gericinó, em Bangu. A professora foi diagnosticada com a covid-19 e, inicialmente, seguirá internada para fazer o acompanhamento médico.

"A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária esclarece que, após solicitar atendimento médico, a interna Monique Medeiros foi encaminhada, nessa segunda-feira (19/04), ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no complexo de Gericinó em Bangu. No local, a mesma foi diagnosticada com a covid-19 e, inicialmente, seguirá internada para fazer o acompanhamento médico", diz a nota da Seap.

Os advogados de Monique, Thiago Minagé, Hugo Novais e Thaise Mattar Assad, disseram ter recebido a informação com estranhamento e, até o momento, não confirmaram a internação da professora com covid e nem o seu estado de saúde.

"Desconheço a informação. Ontem fomos visitá-la e ela estava melhor que eu. Não reclamou de incômodo nenhum, nem espirro, nada", disse Thiago Minagé, para o UOL. Os advogados emitiram uma nota contestando a internação (leia a íntegra abaixo) e questionando: "a quem interessa o silêncio de Monique?"

A defesa de Monique Medeiros está desde semana passada tentando que ela seja ouvida em um novo depoimento na 16º DP, Barra da Tijuca. Ontem, eles protocolaram no Ministério Público uma petição ao delegado reiterando a necessidade de ouvir Monique, acompanhada de um promotor de Justiça.

A mudança no estado de saúde da professora e o isolamento devido à covid-19 diminuem as chances de um novo depoimento.

Monique e o vereador Dr. Jairinho foram presos acusados de atrapalhar a investigação do caso, que apura se o padrasto agrediu a criança, o que teria causado a morte de Henry no dia 8 de março.

Confira a nota dos advogados:

A defesa de Monique formulou pedido ao Procurador Geral de Justiça do RJ, reiterando necessidade de designação de um promotor para acompanhar o inquérito e ouvir novamente Monique, o quanto antes, temendo pela sua vida e solicitando rigorosas medidas de proteção e cuidados de saúde.

Por conta da notícia de que Monique estaria "isolada com suspeita de covid em hospital penitenciário", emitida pela SEAP, a defesa já solicitou acesso a documentação hospitalar.

Ainda que seja verdadeira a contaminação de Monique por COVID, permanece como imprescindível nova audição de Monique no inquérito policial, ainda que por videoconferência, eis que: a quem interessa o silêncio de Monique?

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