Paquistão convoca embaixador francês por discurso de Macron
Segundo um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores, o presidente francês autoriza "a publicação de desenhos com blasfêmias" ao dizer que defende a liberdade de expressão no país.
A nota oficial foi divulgada pouco após o ministro da pasta, Shah Mahmood Qureshi, dizer que "as palavras irresponsáveis de Macron jogaram lenha na fogueira" e que "ninguém tem o direito de ferir os sentimentos de milhões de muçulmanos com o pretexto da liberdade de expressão".
Os países liderados por políticos islâmicos abriram um conflito de grandes proporções, liderados pela Turquia, contra o chefe do Palácio Eliseu por conta do discurso feito por Macron em uma homenagem para o professor de história Samuel Paty, decapitado por um islamista em 16 de outubro.
Naquele dia, o presidente reforçou que o governo não iria cercear a liberdade de expressão, incluindo as charges publicadas pela mídia. Apesar de não citar nominalmente, Macron referia-se às publicações do jornal satírico "Charlie Hebdo", que publicou por diversas vezes sátiras de Maomé.
O professor francês, segundo as investigações, foi assassinado brutalmente por ter debatido em sala de aula, com estudantes da 7ª série, a liberdade de expressão. Durante a exposição, ele teria mostrado diversos exemplos de matérias e quadrinhos polêmicos, incluindo os do "Charlie Hebdo" de 2015 - que também provocaram um atentado terrorista em janeiro daquele ano, com 12 mortes.
Antes do Paquistão, a Turquia pediu que os países façam um boicote aos produtos franceses. Já a União Europeia se colocou ao lado do líder francês e classificou de "inaceitáveis" as palavras de Recep Tayyip Erdogan. (ANSA).
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