Trump contradiz governo dos EUA sobre associação entre Rússia e talibãs
"As pessoas ainda não entendem que tudo isso é uma farsa da mídia 'fake news', que começou a caluniar a mim e ao Partido Republicano. Nunca fui informado, porque qualquer informação que eles possam ter, não chegou a esse nível", escreveu no Twitter o chefe de governo americano.
Trump insistiu assim que nunca recebeu um informe dos serviços de inteligência sobre supostas ações da Rússia no país asiático. Além disso, o presidente dos EUA voltou a cobrar que o jornal "New York Times" revele a identidade da fonte anônima que teria respaldado a publicação da notícia.
Nesta sexta-feira, o veículo garantiu que o chefe de governo foi informado há meses sobre a conclusão de que os russos ofereceram dinheiro para milícias ligadas aos talibãs em troca de que fossem abatidos integrantes das forças internacionais e soldados americanos.
Ontem, o "NYT" ainda publicou que Trump recebeu no fim de fevereiro um documento dos serviços de inteligência sobre o tema.
A imprensa local, costumeiramente, veicula que o presidente não tem hábito de participar das sessões diárias com os serviços de inteligência e que ele não presta atenção aos relatos e informes que estão feitos por escrito.
Ao afirmar que a associação entre talibãs e russos era falsa, Trump contradisse as próprias ações do governo, que nos últimos meses realiza sessões informativas sobre o tema, com parlamentares republicanos e também democratas.
Nesta terça-feira, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, afirmou em entrevista coletiva que o assunto não é uma preocupação.
"Não estamos levando isso a sério. Estamos tratando adequadamente", garantiu o integrante do governo.
Além disso, Pompeo ainda foi irônico, ao dizer que "não há nada de novo", nas interferências da Rússia no Afeganistão, já que a antiga União Soviética invadiu o país asiático durante uma década, entre 1979 e 1989.
O Kremlin, por sua vez, negou as informações publicadas, enquanto fontes dos talibãs garantiram nunca terem recebido ajuda militar de outros países, incluindo a Rússia, durante duas décadas de conflito. EFE
bpm/bg
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