Aluno suspeito de desviar R$ 500 mil de república é indiciado em MG
Um aluno da (Universidade Federal de Ouro Preto), suspeito de desviar mais de R$ 500 mil de uma república estudantil, foi indiciado pelo crime de furto mediante fraude e lavagem de dinheiro.
O que aconteceu
O estudante de ciências econômicas começou a ser investigado em 2023. O inquérito policial foi concluído no dia 26 de março deste ano pela Polícia Civil de Minas Gerais.
O inquérito foi encaminhado ao Poder Judiciário. O Ministério Público ainda não comentou sobre o procedimento. O espaço segue aberto para manifestação.
A defesa do estudante informou ao UOL que irá aguardar a análise da investigação pelo Ministério. ''Reforça-se que o investigado, assim como o fez durante toda a investigação, permanece à disposição das autoridades. A defesa acredita que, no curso da eventual ação penal, todas as questões relativas ao caso serão devidamente esclarecidas'', disse o escritório Teixeira de Faria.
Entenda o caso
Ygor Fernandes Araújo, 25, conhecido como "Horrível", era morador e tesoureiro da Arpop (Associação República Partenon de Ouro Preto). A associação reunia cerca de 60 pessoas, entre alunos e ex-alunos da Ufop que ainda hoje contribuem com a manutenção da casa.
Em 2022, a associação deu início à aquisição de uma casa própria avaliada em R$ 390 mil. Por ser um dos moradores mais antigos da república, Ygor tinha a confiança dos demais associados e foi escalado para gerenciar a conta bancária.
Segundo seus antigos colegas, Ygor desviou a maior parte do dinheiro. Ele teria justificado a movimentação dizendo que precisava pagar fornecedores dos eventos que eles estavam produzindo na cidade e quitar despesas relativas à compra do imóvel.
Depois, os integrantes da diretoria foram procurados por advogados ligados a Ygor Araújo dizendo que precisavam falar sobre problemas relacionados à compra da casa. Os moradores souberam assim que havia um rombo nas contas da república — a princípio justificadas como resultado de maus investimentos realizados pelo tesoureiro. Os advogados alegavam que ele passava por problemas de saúde e estava incomunicável.
Ygor parou de responder os amigos. Os moradores fizeram uma análise das transferências bancárias e notaram uma movimentação atípica, contabilizando uma retirada bruta de, aproximadamente, R$ 600 mil e prejuízo de R$ 514.683,71 (contando dívidas realizadas para a realização do Carnaval).
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