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Dez dias debaixo d'água: até quando vão as enchentes no Rio Grande do Sul?

6.mai.2024 - Vista aérea de ruas inundadas em Porto Alegre (RS) após tempestades atingirem o Rio Grande do Sul. - Carlos FABAL/AFP
6.mai.2024 - Vista aérea de ruas inundadas em Porto Alegre (RS) após tempestades atingirem o Rio Grande do Sul. Imagem: Carlos FABAL/AFP
do UOL

Do UOL*, em São Paulo

07/05/2024 04h00

As fortes chuvas no Rio Grande do Sul causaram um cenário de calamidade nas cidades gaúchas. Apesar de a chuva ter acalmado no início da semana, a previsão é de mais precipitações nos próximos dias. Além disso, áreas alagadas na Grande Porto Alegre devem ficar sob enchente por vários dias, segundo projeções.

Quando deve parar de chover?

Boa parte do Rio Grande do Sul amanheceu sem chuvas nesta segunda-feira. As exceções foram regiões próximas ao Uruguai (como Santa Vitória do Palmar) e alguns pontos do oeste do estado

Até metade da semana, a tendência é que o tempo fique firme e ensolarado, mas, perto do fim da semana, há previsão de chuva em todo o estado. A maior prevalência de chuva deve acontecer na sexta-feira (10) e no sábado (11).

O fim da chuva só deve ocorrer no início da próxima semana, segundo a meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo. No domingo, toda a região será coberta por uma massa de ar polar, que deve causar grande queda de temperatura.

Quando começa a baixar a água?

Pessoa anda de guarda-chuva por rua inundada no centro histórico de Porto Alegre (RS) - Anselmo Cunha/AFP - Anselmo Cunha/AFP
Pessoa anda de guarda-chuva por rua inundada no centro histórico de Porto Alegre (RS)
Imagem: Anselmo Cunha/AFP

No Vale do Taquari, no centro do estado e na serra, os níveis de água começam a cair, mas as cidades do eixo da BR-116, de Campo Bom até Canoas, devem seguir alagadas. O rio do Sinos começou a recuar na região do Vale dos Sinos, mas deve seguir alto, segundo a Metsul.

A região mais grave é a da Grande Porto Alegre, que pode ficar até dez dias sob água, segundo uma previsão feita pelos professores Fernando Fran e Rodrigo Paiva, do IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas), da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Em Canoas, o prefeito falou em 60 dias para a água baixar.

Às 10 horas desta segunda-feira, o nível do Guaíba estava em torno de 5,25 metros. A tendência, segundo os pesquisadores, é que se mantenha acima dos 4 metros até o fim da semana. O problema é que deve chover em praticamente todo o estado na sexta e no sábado, o que pode aumentar ainda mais o nível do rio.

Os cenários de previsão indicam cheia duradoura. A possibilidade de elevação por efeito das chuvas previstas a partir do final de semana pode fazer [o Guaíba] retomar a marca dos 5 metros. Caso as chuvas não se confirmem, a tendência de redução deve manter o nível do rio acima dos 3 metros.
Pesquisadores do IPH (Instituto de Pesquisas Hidráulicas), da UFRGS

A rede pluvial de Porto Alegre está inundada, então a água da chuva não consegue escoar facilmente. Isso dificulta o restabelecimento de serviços públicos por semanas, segundo a Metsul. A cidade já está fazendo racionamento de água, e o aeroporto da cidade está fechado por tempo indeterminado.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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