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Guaíba recua mais 9 cm em 24h; Taquari sobe abaixo do nível de inundação

Voluntários transportam colchões doados em embarcação no Guaíba, em Porto Alegre - Anselmo Cunha / AFP
Voluntários transportam colchões doados em embarcação no Guaíba, em Porto Alegre Imagem: Anselmo Cunha / AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

19/05/2024 08h01Atualizada em 19/05/2024 14h51

O nível do Guaíba caiu nove centímetros em 24 horas, marcando 4,43 metros na manhã deste domingo (19). A tendência de queda é repetida em parte dos rios do estado, segundo monitoramento da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Rio Grande do Sul.

O que aconteceu

Apesar da diminuição, Guaíba continua 1,4 m acima da cota de inundação. Às 7h de sábado (18), o nível era de 4,52 m. Às 17h de ontem, ele havia subido um pouco e ficou em 4,55 m. Depois disso, caiu. A expectativa é de que o processo de baixa seja "lento e gradual", mas continue ao longo do dia, informou o MetSul.

Rio dos Sinos ficou abaixo dos 6 m pela primeira vez na semana. A medição de 5,96 às 20h do sábado é a menor desde 13 de maio.

Rio Caí baixou 47 cm em 12 horas, diz prefeitura. Segundo as medições do município de São Sebastião do Caí, as águas do rio marcavam 7,3 m de altura às 7h deste domingo.

Nível do rio Taquari subiu, mas está abaixo da cota de inundação, que é de 18 metros. Em Muçum, medindo 6,51 metros na noite do sábado (18), o rio mostrou elevação de mais de 60 cm em 12 horas.

Lagoa dos Patos registrou baixa momentânea, mas voltou a subir nesta manhã. Às 7h, a régua do município de São Lourenço do Sul marcava 2,86 m — mais que o dobro da cota de inundação, que é de 1,3 m.

Números da tragédia

O estado tem 155 mortos, 89 desaparecidos, 806 feridos e 463 municípios afetados pelas chuvas. A informação é de boletim da Defesa Civil.

Há 2,3 milhões de pessoas afetadas no estado. Dessas, 540 mil estão desalojadas e 76,9 mil estão alocadas em abrigos.

Mais de um terço dos alunos das escolas estaduais ainda estão sem aulas. Segundo o Governo do Rio Grande do Sul, 261.858 estudantes ainda não retornaram à escola — o equivalente a 36% do número total de alunos da rede. Desses, 194 mil ainda não têm previsão de voltar às aulas.

Há 83 trechos de rodovias bloqueados parcial ou totalmente. Os problemas atingem 49 estradas, pontes e balsas, segundo o Departamento de Estradas e Rodagem.

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