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Vaquinha criada por mulher que mora no McDonald's só arrecadou R$ 195

Bruna Moratori, de 31 anos, que mora no McDonald"s do Leblon - Reprodução/YouTube/Fala Guerreiro Cast
Bruna Moratori, de 31 anos, que mora no McDonald's do Leblon Imagem: Reprodução/YouTube/Fala Guerreiro Cast
do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/05/2024 21h37

A vaquinha criada por Bruna Moratori, de 31 anos, que mora há um mês com a mãe em um McDonald's no Leblon, no Rio de Janeiro, só arrecadou R$ 195 até a noite desta segunda-feira (6).

O que aconteceu

Vaquinha foi criada no dia 3 de maio. A meta é conseguir R$ 10 mil. Até a publicação desta matéria, sete pessoas contribuíram.

Bruna diz que dinheiro arrecadado será usado "na conquista" de um apartamento. "Podendo ajudar em caução ou demais gastos. Também a vaquinha ajudaria a dar início aos meus projetos de formação em paramédica e direito", escreveu.

Ela afirmou que, ao contrário do que se acredita, ela é apenas cliente do McDonald's, e não moradora.

Bruna critica preconceito dos moradores do Leblon

Ela afirmou que "não vê como problema" o que faz na lanchonete. Bruna deu entrevista ao podcast Fala, Guerreiro, na última semana.

Bruna vê "implicância e preconceito de moradores do Leblon contra ela". Na entrevista, a mulher disse que gosta de ficar no McDonald's, mas que a situação é temporária. "Não era um problema. Virou problema quando virou matéria", disse Moratori.

Mulher tentou trabalhar na lanchonete, mas diz que "não deu certo". Ela contou que se mantinha com ajuda financeira de seu pai e economias próprias, além da ajuda de amigos. Banho, por exemplo, era na casa de uma amiga que mora na região. "Melhor do que ficar pagando", diz.

Bruna diz que decisão de se afastar do trabalho foi dela. Ela não conta com o que trabalhava, mas disse que tudo se resolveria assim que ela "arranjasse um quitinete ou um apartamento de um quarto".

Gerente teria oferecido vaga no McDonald's a ela. Bruna conta que o gerente do local a viu conversando em inglês com um estrangeiro no local, e ofereceu que ela trabalhasse na lanchonete. Ela recusou, mas diz que "hoje aceitaria".

Funcionários não teriam se incomodado com presença dela e da mãe, diz Bruna. Eles teriam dito que se solidarizavam com situação e que, enquanto elas consumissem, podiam ficar na lanchonete.

Mulher nega que lhe ofereceram ajuda. Entretanto, a Secretaria de Assistência Social da Prefeitura do Rio esteve no local nos dias 10 e 16 de março e disse que as mulheres não se sentem em situação de vulnerabilidade e nem quiseram receber ajuda. "Apesar de terem oferecido vagas em abrigos e outros serviços disponíveis na rede de apoio socioassistencial, elas recusaram prontamente", diz a nota.

Rotina envolvia guardar mesas e cochilos. Segundo Bruna, ela e a mãe não dormiam, mas "cochilavam". Por volta das cinco horas da manhã, o restaurante fecha. As mulheres têm que aguardar do lado de fora até as 10h da manhã, quando a equipe acaba a limpeza do estabelecimento.

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