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Papa nomeia novo responsável por sua segurança

15/10/2019 07h43

CIDADE DO VATICANO, 15 OUT (ANSA) - O papa Francisco nomeou nesta terça-feira (15) Gianluca Gauzzi Broccoletti, 45 anos, como novo diretor dos Serviços de Segurança e Proteção Civil do Estado da Cidade do Vaticano e comandante do Corpo da Gendarmaria.   

Broccoletti, até então vice-diretor e vice-comandante, substitui Domenico Giani, que renunciou ao cargo após ter sido acusado de vazar um documento sigiloso para a imprensa.   

Nascido em Gubbio, na província italiana de Perúgia, o novo comandante é formado em engenharia da segurança pela Universidade La Sapienza, em Roma, e está na Gendarmaria do Vaticano desde 1995. Com a promoção, ele passa a ser o principal responsável pela proteção do papa Francisco.   

"Ao longo dos anos, [Broccoletti] instaurou uma relação de confiança com as várias secretarias particulares do Santo Padre, as autoridades do Governadorato e a Secretaria de Estado, onde se exige competência e profissionalismo para inquéritos de caráter reservado", diz uma nota do Vaticano.   

Escândalo - No início do mês, a revista italiana L'Espresso divulgou um documento assinado por Giani que proíbe o acesso ao Vaticano de cinco dirigentes acusados de irregularidades financeiras.   

Quatro deles - Vincenzo Mauriello, Mauro Carlino, Caterina Sansone e Fabrizio Tirabassi - trabalham na Secretaria de Estado. Já o quinto, Tommaso Di Ruzza, é diretor da Autoridade de Informações Financeiras.   

Eles são suspeitos de envolvimento em operações financeiras irregulares, incluindo milionárias transações imobiliárias no exterior e a gestão das contas do Óbolo de São Pedro, o sistema de arrecadação de donativos da Igreja Católica.   

O documento vazado continha os nomes e as fotos dos funcionários investigados, e sua divulgação irritou o papa Francisco, que comparou o caso a um "pecado mortal" e determinou a abertura de um inquérito para descobrir quem passou a informação à revista.   

Um SMS anônimo enviado a funcionários do Vaticano apontou Giani como responsável pelo vazamento. Apesar de negar envolvimento, o então comandante da Gendarmaria acabou renunciando ao cargo.   

O caso remete ao escândalo "Vatileaks", que abalou o pontificado de Bento XVI. Na ocasião, o mordomo Paolo Gabriele, que trabalhava para Joseph Ratzinger, repassou à imprensa cartas que denunciavam casos de corrupção na Igreja. (ANSA)
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