EI se reorganiza no Iraque e continua sendo uma ameaça global, afirma ONU
Nações Unidas, 20 mai (EFE).- O Estado Islâmico (EI) começou a reorganizar suas células no Iraque e continua sendo um perigo em nível global, já que se transformou em uma rede secreta, alertou nesta segunda-feira a ONU.
As afirmações foram feitas pelo embaixador da Indonésia na ONU, Dian Triansyah Djani, presidente do comitê do Conselho de Segurança responsável por fiscalizar as sanções aplicadas ao grupo jihadista.
Para o diplomata, apesar de ter perdido praticamente todos os territórios que controlava no Iraque e na Síria, o EI segue como a maior ameaça terrorista internacional e é a organização que conta com mais recursos para realizar ataques em nível global.
Em apresentação para os outros integrantes do Conselho de Segurança da ONU, o diplomata explicou que a transformação do EI em uma rede terrorista secreta continua e está mais avançada no Iraque do que na Síria.
"No Iraque, o EI já começou a organizar células em nível provincial e atualmente tem um saldo positivo de combatentes da Síria para reforçar a rede emergente no Iraque", afirmou.
Segundo o presidente comitê, se o grupo atingir o objetivo de sobreviver e ressurgir no Oriente Médio, é provável que volte a se concentrar em organizar operações no exterior.
No entanto, Djani ressaltou que o núcleo do EI carece da "força necessária" para realizar ataques internacionais coordenados.
Há meses, a ONU alerta que, apesar das derrotas militares que sofreu na Síria e no Iraque, o EI segue supondo uma ameaça em nível global.
Enquanto isso, a Al Qaeda - de responsabilidade do mesmo comitê do Conselho de Segurança - "segue ativa em muitas regiões e mantém a ambição de se projetar mais internacionalmente", explicou o embaixador da Indonésia.
Além disso, alertou sobre o risco de a rede fundada por Osama bin Laden se aproveitar dos problemas do EI para crescer e tentar realizar seus próprios ataques terroristas.
O diplomata afirmou que os especialistas consideram que é possível que combatentes estrangeiros que nos últimos anos fizeram parte do EI passem agora a lutar pela Al Qaeda. EFE
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