Homem perdoado por Trump é procurado por aliciamento de adolescente
Um homem que deixou a prisão nos EUA após o presidente Donald Trump perdoá-lo pelo ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021, é procurado pela polícia por uma acusação de 2016 de aliciamento de adolescente.
O que aconteceu
Andrew Taake, 36, foi solto no último dia 20, apesar do pedido das autoridades do Texas para mantê-lo preso devido ao mandado pendente. Ele aguardava julgamento pela acusação de pedir sexo a uma adolescente de 17 anos por meio de um aplicativo de mensagens, segundo a agência de notícias Associated Press.
Taake foi preso após ser acusado de atacar policiais com spray anti-urso e um chicote de metal. Ele é uma das poucas pessoas libertadas após o perdão de Trump que chamaram a atenção da polícia norte-americana.
Promotoria ressalta dificuldade para prender as pessoas liberadas pelo republicano. "Prender novamente indivíduos como Taake, que foram soltos com mandados estaduais pendentes, exigirá recursos significativos", disse o gabinete do promotor. "Saiba que já estamos no processo de rastrear Taake", acrescenta o comunicado.
Perdoado por Trump é morto pela polícia
Outro preso acabou sendo morto em blitz. Também perdoado por Trump após a invasão do Capitólio, Matthew Huttle morreu baleado por um policial no último domingo (26)durante uma fiscalização de trânsito em Indiana.
Polícia diz Huttle resistiu à prisão e discutiu com o agente. "Houve uma discussão acalorada entre o suspeito e o policial, que resultou no policial disparando sua arma e ferindo fatalmente o suspeito", disse a polícia estadual em comunicado à imprensa.
Huttle estava armado, segundo a polícia. As autoridades não detalharam o motivo da abordagem e da prisão da vítima. A morte está sendo investigada e o policial que atirou contra o americano foi afastado das ruas.
Promessa de campanha
Logo depois de assumir a presidência, Donald Trump anunciou que perdoaria todos os 1,5 mil indiciados pelo ataque ao Capitólio. "Vou assinar perdões para muita gente", anunciou o republicano, no dia 20. "Vou assinar a soltura de muita gente", reforçou.
A anistia foi aplicada às pessoas que não tenham cometido atos de violência. Para aqueles com denúncias de crimes mais sérios, Trump propôs uma substituição de pena.
Durante a campanha, o presidente eleito chamou a data do "dia do amor" e classificou os envolvidos de "patriotas" e "reféns". Em várias ocasiões, se referiu aos invasores como "nós", enquanto grupos radicais que participaram dos ataques passaram a fazer parte de seus comícios, em 2024.