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Agências dos EUA acreditam que Putin provavelmente não ordenou assassinato de Navalny, diz jornal

Flores deixadas sobre uma foto de Alexei Navalny na frente da embaixada da Rússia em Copenhague, na Dinamarca - 17.fev.2024-Nils Meilvang / Ritzau Scanpix / AFP
Flores deixadas sobre uma foto de Alexei Navalny na frente da embaixada da Rússia em Copenhague, na Dinamarca Imagem: 17.fev.2024-Nils Meilvang / Ritzau Scanpix / AFP

Andrew Osborn;

Londres

27/04/2024 13h40

Agências de inteligência dos Estados Unidos determinaram que o presidente russo, Vladimir Putin, provavelmente não ordenou o assassinato do opositor político Alexei Navalny em uma prisão no Ártico em fevereiro, segundo reportagem do Wall Street Journal neste sábado.

Navalny, que morreu aos 47 anos, era o principal crítico doméstico de Putin. Seus aliados, rotulados de extremistas pelas autoridades, acusaram Putin de tê-lo assassinado e disseram que apresentarão evidências para fundamentar a alegação.

O Kremlin negou qualquer envolvimento do Estado. No mês passado, Putin disse que a morte de Navalny era "triste" e afirmou que estava pronto para entregar o político preso ao Ocidente em uma troca de prisioneiros se Navalny nunca retornasse à Rússia. Segundo aliados de Navalny, essas negociações estavam em andamento.

De acordo com a reportagem, citando fontes anônimas com conhecimento do assunto, Washington não absolveu, porém, o líder russo de responsabilidade pela morte de Navalny porque o político de oposição foi alvo das autoridades russas por anos, detido sob acusações que, na opinião do Ocidente, foram politicamente motivadas, e foi envenenado em 2020 com um agente nervoso.

O Kremlin nega envolvimento estatal no envenenamento de 2020.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse neste sábado que viu a reportagem do Wall Street Journal que, segundo ele, continha "especulações vazias".

A Reuters não conseguiu verificar de maneira independente a reportagem do Journal, que citou fontes dizendo que a conclusão foi "amplamente aceita na comunidade de inteligência e compartilhada por várias agências, incluindo a CIA, o gabinete do Diretor de Inteligência Nacional e a unidade de inteligência do Departamento de Estado".

O jornal citou Leonid Volkov, assessor sênior de Navalny, dizendo que as conclusões dos EUA são ingênuas e ridículas.

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