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Choro, susto: os detalhes do depoimento sobre a morte de turista israelense

A israelense Alma Bohadana, de 22 anos, morreu na última na segunda-feira (6) - Reprodução
A israelense Alma Bohadana, de 22 anos, morreu na última na segunda-feira (6) Imagem: Reprodução
do UOL

Daniele Dutra

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

10/05/2024 04h00

A turista israelense Alma Bohadana, de 22 anos, que morreu após cair de uma mureta no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (6), teria se assustado durante uma tentativa de assalto, e acabou se desequilibrando e caindo do barranco. O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios.

O que aconteceu

A jovem estava acompanhada de um amigo que fez no hostel onde estava hospedada. Dan Hen, também israelense, chegou ao Brasil no dia 5 de maio e estava com Alma no momento da queda. Ele foi ouvido três vezes pelo Batalhão de Policiamento em Áreas Turísticas, da Polícia Militar, que encaminhou a ocorrência para a DEAT (Delegacia Especial de Apoio ao Turismo), inicialmente.

Ele contou aos agentes que os dois sofreram uma tentativa de assalto, Alma se assustou com a situação e começou a andar para trás, se desequilibrou e caiu. O caso aconteceu na Rua Almirante Alexandrino, em Santa Teresa, região central da cidade.

Em depoimento à DEAT, Hen afirma que eles foram ao Cristo Redentor e chegaram ao Corcovado às 16h10, onde encontraram um grupo de israelenses. Por volta das 17h, tentaram sair do local por meio de transporte de aplicativo, mas nenhum motorista aceitou a corrida. Foi quando Alma decidiu voltar a pé.

Por volta das 18h30, um carro vermelho parou ao lado dele, que estava à frente de Alma. Segundo o turista, um homem, que aparentava ter entre 30 e 40 anos, desembarcou falando "give! give! give!" em tom ameaçador, e começou a gesticular com as mãos aparentando mandar os dois entregarem seus bens.

Segundo Hen, ele não estava armado. Mesmo assim, Alma ficou assustada e se moveu para fora da rua, tentando fugir, passando por cima de uma mureta baixa. Foi quando ela se desequilibrou e caiu do morro, de acordo com o relato do amigo.

Após a queda, o homem entrou no carro e foi embora. Eram pelo menos dois assaltantes, o motorista e o homem que desceu do carro.

O israelense conta ainda que foi em direção a uma escada que levava ao local onde a amiga caiu. Assim que desceu, não conseguiu encontrá-la e decidiu ligar para seu outro amigo israelense, Noam Arad. Enquanto falava ao telefone, ele encontrou Alma deitada no chão, com a barriga para cima e chorando alto, aparentando sentir muita dor.

Em seguida, o turista pediu ajuda a populares, e um deles chamou uma ambulância. Enquanto aguardava, Alma parou de chorar e parecia inconsciente. Hen contou na delegacia que checou o pulso, mas ela já parecia estar sem sinais vitais. Ele tentou fazer massagem cardíaca, mas já era tarde. Segundo ele, a ambulância chegou ao local cerca de 40 minutos após a queda, quando foi informado por uma médica que Alma já estava morta.

'Morte prematura'

= - Reprodução - Reprodução
Turista israelense Alma Bohadana
Imagem: Reprodução

Nas redes sociais, Gil Bohadana, pai da vítima, lamentou a perda: "É com o coração muito pesado que anunciamos a morte prematura da nossa amada Alma, durante uma viagem ao Brasil. A data de chegada a Israel ainda é desconhecida", disse. Já a mãe da jovem agradeceu ao apoio das pessoas que foram confortá-los e disse que o corpo de Alma pode levar alguns dias para ser transportado.

Um representante do consulado israelense também esteve no local da morte da jovem. Procurado pela reportagem, o consulado não retornou.

O caso saiu da DEAT e passou a ser investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital. "A investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Testemunhas foram ouvidas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Agentes realizam diligências a fim de esclarecer os fatos e as circunstâncias da morte da mulher", diz o comunicado.

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