Mundo em alerta devido ao coronavírus
Segundo a OMS, na terça-feira, 427 casos foram reportados em 37 países contra 411 novas infecções na China. O número total de infecções ultrapassa 80,9 mil, sendo 96,5% registradas em território chinês. Desde o início do surto em dezembro, a doença já matou mais 2,7 mil pessoas.
Novos casos surgiram em toda a Europa nesta quarta-feira, muitos relacionados ao centro do surto no norte da Itália. A Grécia, Geórgia, Macedônia do Norte e Noruega reportaram as primeiras infecções. Com mais de 20 casos, a Alemanha alertou para o início da epidemia no país.
O Brasil e Paquistão também confirmaram os primeiros casos em seus territórios. Além da Itália, a Coreia do Sul e o Irã enfrentam surtos da doença. No país asiático, o total de infecções passou de 1,1 mil. No Irã, são 139 casos confirmados.
Apesar do crescente avanço da doença, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou que alguns países afetados pela epidemia não estão compartilhando todos os dados disponíveis com a entidade.
"Um dos maiores desafios que enfrentamos é o fato de que muitos países afetados ainda não estão compartilhando seus dados com a OMS. Peço a todos os países que compartilhem imediatamente todas as suas informações", afirmou Ghebreyesus na reunião semanal com as missões diplomáticas em Genebra para relatar a situação atual em relação ao vírus.
O diretor-geral, que não mencionou país algum especificamente, salientou que a OMS está em contato constante com diferentes ministérios da saúde para resolver a situação. "Não podemos fornecer recomendações de saúde adequadas sem dados detalhados ou listas com dados completos sobre pacientes afetados", acrescentou.
O chefe da OMS disse também que o aumento dos casos fora da China, com aumentos repentinos na Itália, na Coreia do Sul e no Irã, é "profundamente preocupante". No entanto, ele afirmou que o surto ainda não é uma pandemia. "Usar o termo 'pandemia' não tem resultados tangíveis, e em vez disso corre o risco de aumentar o medo e a estigmatização, ou criar paralisia no sistema", acrescentou.
Embora a OMS já tenha esclarecido que não haverá uma declaração oficial de pandemia por considerar ser suficiente a declaração de emergência internacional para o coronavírus, que está em vigor desde 30 de janeiro, Ghebreyesus disse que não hesitará em usar a palavra no futuro caso seja uma descrição adequada para a situação.
O SARS-CoV-2 parece ter atingido o seu estágio mais alto de transmissão na China, onde o número de casos e mortes está diminuindo progressivamente, mas isso não deve ser motivo de relaxamento, mas sim de "vigilância contínua", como salientou o diretor-geral.
Iniciado em dezembro em Wuhan, na China, o surto da doença é causado por um novo tipo de coronavírus, semelhante ao da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars), que matou quase 800 pessoas em todo o mundo durante uma epidemia ocorrida entre os anos 2002 e 2003 e que também começou na China.
Os sintomas são febre e cansaço, acompanhados de tosse seca e, em muitos casos, dificuldades respiratórias.
CN/rtr/afp/efe
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