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Vale desautoriza advogado que negou responsabilidade da empresa em MG

Do BOL

em São Paulo

28/01/2019 14h56Atualizada em 29/01/2019 10h19

Em nota divulgada à imprensa, a Vale desautorizou as declarações do advogado Sergio Bermudes feitas em entrevista exclusiva à coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo. "A Vale não reconhece as declarações feitas à mídia pelo advogado Sergio Bermudes e afirma que seu mandato não o autoriza a dar quaisquer declarações sobre a Vale, seja em nome da empresa, seja para expressar a sua opinião pessoal sobre o tema do rompimento da barragem em Brumadinho (MG)", diz o texto. 

Hoje pela manhã o advogado afirmou em entrevista que a companhia não enxerga razões que determinem sua responsabilidade no rompimento da barragem em Brumadinho (MG). "Não houve negligência, imprudência, imperícia. Por isso a diretoria da empresa não se afastará", afirmou Bermudes em entrevista exclusiva à coluna da Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo

A fala do advogado é uma reação à declaração do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que defendeu o afastamento "urgente" de toda a diretoria da Vale no último domingo (27). Bermudes avalia que o rompimento da barragem é um caso "fortuito cujas causas ainda não foram identificadas. Não cabe renúncia pois não se identificou dolo e muito menos culpa [dos executivos da empresa]", disse o advogado. 

Bermudes criticou Calheiros dizendo que vê na fala do senador uma "tentativa pecaminosa de capitalizar, com declarações levianas, em cima da tragédia", e chamou de precipitada a declaração da procuradora-geral da República, Raquel Dodge, de que "certamente há um culpado" pelo acidente e que os executivos podem ser responsabilizados. 

Na última sexta-feira (25) a barragem 1 do complexo Mina do Feijão, da Vale, localizada em Brumadinho (MG), se rompeu. Quase 13 milhões de metros cúbicos de lama de rejeitos de mineração escorreram da barragem e atingiram a área administrativa da companhia, as propriedades das comunidades locais e o rio Paraopeba. Os mortos pela tragédia já chegam a 60 e 292 pessoas estão desaparecidas. 

(Com informações da Folha de S.Paulo)

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