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Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão; imagens são fortes

7.jan.2013 - Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão - Reprodução/Folha
7.jan.2013 - Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão Imagem: Reprodução/Folha

Do BOL, em São Paulo

07/01/2014 12h07

"Tem que ajeitar o foco", diz um preso a um colega que usava a câmera do celular para registrar uma rebelião sangrenta no complexo presidiário de Pedrinhas, em São Luís, no Maranhão.  O resultado do registro releva imagens de horror explícito.

Desde os últimos dias de dezembro de 2013, o Estado passa por um uma onda de violência promovida por grupos que operam nos centros penitenciários. Os números mostram que 62 presos já foram mortos e uma garotinha de 6 anos, que foi vítima de queimaduras durante um atentado a ônibus, também morreu.

O vídeo de 2 minutos e 32 segundos, obtido com exclusividade pela Folha de S.Paulo, tem imagens muito fortes, em que os próprios amotinados filmam em detalhes três rivais decapitados. E se divertem exibindo os corpos ou que restam deles.

Assista aqui ao vídeo

De acordo com reportagem da Folha de S. Paulo, o registro foi realizado em 17 de dezembro. Para preservar suas identidades, os presos tomam o cuidado de exibir apenas os pés. 

No foco principal, um homem de chinelos pretos e bermuda branca dá passos apertados, até que no oitavo segundo da caminhada o chão verde molhado de água se transforma num piso ensopado de sangue.

Dois segundos adiante, a câmera se levanta abruptamente e mostra o saldo do motim no CDP (Centro de Detenção Provisória) de Pedrinhas, um bairro da zona rural da capital maranhense.

Estão lá, diante da câmera e de comentários em tom de comemoração, os corpos de Diego Michael Mendes Coelho, 21, Manoel Laércio Santos Ribeiro, 46, e Irismar Pereira, 34.

A gestão Roseana Sarney (PMDB) não quis comentar o vídeo, enviado ao governo pela Folha. Disse apenas que imagens supostamente registradas em Pedrinhas estão sendo divulgadas e poderão ser alvo de inquérito para investigar a sua veracidade.

Sobre a onda de violência no Estado, Roseana se pronunciou, condenou os ataques covardes e disse que não vai fugir da responsabilidade. 

 

(Com informações da Folha de S.Paulo)

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