Pai de suspeito se recusa a falar sobre ataque a Salman Rushdie, diz prefeito de cidade no Líbano
BEIRUTE (Reuters) - O pai do homem acusado de tentar assassinar o escritor Salman Rushdie se trancou em sua casa no sul do Líbano e se recusa a falar com qualquer pessoa, disse o prefeito local, Ali Tehfe, neste domingo.
O suspeito do ataque realizado na última sexta-feira no Estado norte-americano de Nova York foi identificado pela polícia como Hadi Matar, de 24 anos, oriundo de Nova Jersey. Ele se declarou inocente. Matar tem origens libanesas e sua família é da cidade de Yaroun, no sul do Líbano.
De acordo com Tehfe, os pais do suspeito imigraram para os Estados Unidos e Matar nasceu e foi criado lá, mas seu pai retornou ao Líbano há vários anos.
"O pai dele está no país agora, mas ele se trancou e não está aceitando dar nenhum tipo de declaração a ninguém. Nós tentamos falar com ele, mandamos pessoas, fomos e batemos à porta, mas ele não está querendo conversar com ninguém", disse Tehfe à Reuters.
Um membro do grupo armado libanês Hezbollah disse no sábado que o grupo não tinha informações sobre o ataque a Rushdie.
"Não sabemos de nada sobre esse assunto, então não comentaremos", disse o homem à Reuters, falando sob condição de anonimato.
O Hezbollah é apoiado pelo Irã, cujo ex-líder supremo, o aiatolá Ruhollah Khomeini, convocou os muçulmanos em 1989 a matar Rushdie por blasfêmia.
(Por Timour Azhari)
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