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Com novos alagamentos, Veneza contabiliza danos de maré alta

18/11/2019 10h09

VENEZA, 18 NOV (ANSA) - A cidade de Veneza, no norte da Itália, tenta contabilizar os danos das quatro enchentes registradas em apenas uma semana - a última ocorreu ontem (17), com um volume de água de 150 centímetros. De acordo com as autoridades locais, há previsão de que o fenômeno conhecido como "maré alta" aconteça novamente pelos próximos dias, mas sem ir muito além dos 100 centímetros. Para esta segunda-feira (18), as águas devem atingir o pico de 105 centímetros por volta das 13h20 locais.   

Na semana passada, Veneza ficou alagada com enchentes históricas de 150 centímetros e 187 centímetros - esta última passou a ser considerada a pior dos últimos 50 anos. Veneza sofre regularmente com as enchentes, chamadas em italiano de "acqua alta". Mais comum entre o fim do outono e o início do inverno europeu, esse fenômeno ocorre quando o nível do Mar Adriático sobe e invade as águas da lagoa, inundando a cidade. As marés são influenciadas pelo ciclo lunar e por fenômenos meteorológicos, como tempestades e o vento de siroco, uma corrente de ar quente proveniente do deserto do Saara, mas fatores como o aquecimento global e o assoreamento do solo lagunar também contribuem para as enchentes.   

A temporada de alagamentos desse ano, porém, tem causados sérios danos à cidade. Na maré alta de 187 centímetros, a cripta de um dos maiores símbolos de Veneza, a Basílica de São Marco, ficou alagada. O governo italiano já declarou emergência em Veneza e aprovou a destinação de 20 milhões de euros para intervenções imediatas. De acordo com o prefeito Luigi Brugnaro , a cidade pode sofrer danos de 1 bilhão de euros com as cheias. (ANSA)
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