TPI autoriza investigação sobre crimes contra rohingyas em Mianmar
Haia, 14 Nov 2019 (AFP) - Os juízes do Tribunal Penal Internacional (TPI) autorizaram nesta quinta-feira (14) uma investigação sobre os supostos crimes cometidos em Mianmar contra a minoria muçulmana dos rohingyas, incluindo violências e deportações forçadas.
O tribunal de Haia disse em comunicado que "autoriza o promotor a realizar uma investigação por supostos crimes dentro da jurisdição do TPI".
O promotor do TPI, Fatou Bensouda, abriu em setembro de 2018 uma investigação preliminar sobre a suposta deportação forçada dessa minoria muçulmana, que poderá constituir um crime contra a Humanidade.
Bensouda solicitou em junho de 2019 uma investigação completa, que os juízes aprovaram nesta quinta-feira.
Em agosto de 2017, mais de 740.000 muçulmanos rohingya de Minamar, um país predominantemente budista, fugiram após uma ofensiva do exército birmanês.
Perseguidos pelo exército e milícias budistas, os rohingyas se refugiaram em grandes campos improvisados em Bangladesh.
Embora Mianmar não faça parte do tratado que criou o TPI, o tribunal declarou-se competente para investigar a suposta deportação forçada para Bangladesh, que assinou o tratado.
Mianmar então rejeitou a decisão e denunciou uma "base legal duvidosa".
dk/jhe/pc/mb/cn/mvv
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