Pichadores que mataram dentista pegam mais de 30 anos de prisão
As informações foram divulgadas pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.
Segundo o TJ, "Aloisio Pires da Silva foi condenado 36 anos, seis meses e 20 dias de reclusão e três meses de detenção, somada ao pagamento de 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal; e Lucas Rafael de Siqueira Nunes a 30 anos, sete meses e 16 dias de reclusão e três meses de detenção, mais 10 dias-multa no valor unitário mínimo legal, ambos em regime fechado".
"Os jurados reconheceram que os acusados praticaram um homicídio consumado e uma tentativa de homicídio, triplamente qualificados (motivo fútil, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas)", diz o Tribunal, por meio de nota.
Em sua decisão, a juíza Giovanna Christina Collares destaca o fato de que os crimes "foram praticados com acentuada frieza, pois os acusados agrediram, sem piedade, uma das vítimas até a morte, em circunstâncias reveladoras de brutalidade incomum".
"As consequências foram especialmente nefastas para a vítima Manoel Antônio da Silva, a qual afirmou que 'os eventos acabaram com a sua família', somando-se, ainda à sua atual condição física , pois teve o seu braço direito amputado", afirmou a juíza.
Em março, Adolfo de Souza foi condenado a 26 anos de reclusão no regime inicial fechado, mais três meses de detenção no regime semiaberto. Já Adilson dos Santos cumprirá 43 anos, um mês e 20 dias de reclusão no regime inicial fechado, mais quatro meses e dois dias de detenção no regime semiaberto. Eles também faziam parte do grupo que matou o dentista.
O crime
Na madrugada do dia 6 de agosto de 2016, o aposentado Manoel da Silva se envolveu numa briga com um grupo de pessoas que pichavam o muro de sua casa, do qual Souza e Santos faziam parte. Ele foi espancado e acabou tendo um braço amputado. Seu filho, o dentista Wellinton da Silva, então com 39 anos, saiu em defesa do pai e acabou morto.
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