Curdos acusam Turquia de violar cessar-fogo na Síria
Segundo Mustafa Bali, porta-voz das SDF, ataques aéreos e de artilharia atingiram "posições dos combatentes, assentamentos civis e o hospital de Ras al-Ayn", cidade fronteiriça que tem sido um dos principais palcos dos conflitos.
A agência curda Firat publicou que os bombardeios desta sexta mataram cinco combatentes e deixaram dois guerrilheiros e oito civis feridos. A ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (Sohr) afirmou que a situação no restante da fronteira é de "prudente e relativa calma".
O acordo anunciado pelo vice-presidente dos EUA, Mike Pence, previa cinco dias de interrupção na ofensiva, em troca da retirada das forças da milícia curda Unidades de Proteção Popular (YPG) de uma faixa de 32 quilômetros ao longo da fronteira entre Turquia e Síria.
A criação dessa "zona de segurança" é um dos objetivos da incursão militar turca e, se for respeitado, o cessar-fogo significa uma vitória para o presidente Recep Tayyip Erdogan. A ofensiva começou no dia 9 de outubro e mira sobretudo nas YPG, que integram as SDF, coalizão aliada dos EUA na luta contra o Estado Islâmico.
De acordo com a Anistia Internacional, o Exército da Turquia e as milícias sírias cooptadas por Ancara cometeram "crimes de guerra" durante a operação militar contra os curdos, além de "homicídios sumários e ataques ilegais". Entre os casos relatados pela ONG está a execução da ativista Hevrin Khalaf e de sua escolta por milicianos armados pela Turquia.
"As informações coletadas fornecem provas cabais de ataques indiscriminados em áreas residenciais, incluindo ataques contra uma casa, uma padaria, uma escola, conduzidos pela Turquia e por grupos armados sírios que são seus aliados", diz a Anistia.
Já o Conselho Europeu, principal instância política da União Europeia, condenou nesta quinta-feira a ação militar e exortou a Turquia a "respeitar o direito internacional e humanitário".
"A UE condena a ação militar unilateral da Turquia, que provoca inaceitáveis sofrimentos humanos, mina a luta contra o Estado Islâmico e ameaça pesadamente a segurança europeia", diz uma nota do órgão, que reúne os líderes de todos os Estados-membros do bloco. (ANSA)
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