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Guilherme Boulos: "Witzel é um sociopata que deveria estar preso"

O candidato derrotado à Presidência pelo PSOL em 2018, Guilherme Boulos, participa de ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais para lembrar o Dia do Trabalho, nesta quarta-feira, 1º de Maio, no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo - Alice Vergueiro/Estadão Conteúdo
O candidato derrotado à Presidência pelo PSOL em 2018, Guilherme Boulos, participa de ato organizado por centrais sindicais e movimentos sociais para lembrar o Dia do Trabalho, nesta quarta-feira, 1º de Maio, no Vale do Anhangabaú, região central de São Paulo Imagem: Alice Vergueiro/Estadão Conteúdo
do UOL

Colaboração para o UOL

23/09/2019 19h16

O programa Pânico, da Rádio Jovem Pan, entrevistou o ex-candidato à presidência da República, Guilherme Boulos (PSOL), nesta segunda-feira (23).

Com a intensidade habitual no discurso, Boulos criticou o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC). O político mencionou a morte da garota Ágatha, de 8 anos, no Complexo do Alemão, para depois atacar a política de segurança pública implementada pelo governador no Rio.

"Política de segurança pública não se faz com tiro, porrada e bomba. O Witzel é um sociopata que deveria estar preso, tem que sair algemado do Palácio da Guanabara. Ele deveria ir para Bangu fazer companhia para o Sérgio Cabral... Ele deve ser preso por homicídio. Esse cara tem sangue nas mãos!", afirmou antes de dizer que Witzel não combate o crime com inteligência.

"É preciso uma integração das polícias. Não adianta ver o aviãozinho da favela e achar que ele é o problema da república", explicou. Boulos ainda salientou que a guerra com o tráfico tem feito vítimas principalmente nas comunidades carentes.

"Se uma criança de oito anos tomasse um tiro nos Jardins ou na Avenida Paulista, teríamos uma manifestação de 1 milhão de pessoas no domingo. Algumas violências são sentidas com mais dor do que outras", lamentou.

Brincadeira de Emílio e o Corinthians

Provocado pelo apresentador Emílio Surita, que chamou o ex-presidenciável de "playboy", por conta dos pais médicos, Boulos disse que o fato de ser "filho da classe média" não concede a ninguém o direito de chama-lo assim.

"Não me comporto assim, não tomo essa opção como forma de vida. Eu atravessei a ponte. Ao contrário de outros...", explicou antes de relembrar a primeira vez que viu uma situação de desigualdade social na vida.

"Sou corintiano, frequentava estádio desde muito cedo com meu pai. E um dia, ainda criança, vi um vendedor de amendoim torrado sendo agredido e perdendo a mercadoria para a polícia. Cena de muita injustiça. Ele estava com o filho, que tinha a minha idade... Eu vi o desespero nos olhos daquele garoto. Esse foi um dos marcos para a posição política que tomei", encerrou.

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