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Trump nega pressão a Zelenski para investigar filho de Joe Biden

21/09/2019 12h12

Washington, 21 set (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, negou neste sábado ter feito pressão para o que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, para que investigasse o filho de Joe Biden, ex-vice de Barack Obama e um dos postulantes democratas à candidatura nas eleições de 2020.

"A imprensa 'fake news' e seu sócio, o Partido Democrata, querem se manter o mais distante possível da exigência de Joe Biden para que o governo ucraniano demitisse um promotor que estava investigando o filho dele, ou então não obteriam dinheiro dos EUA", escreveu o magnata.

"Assim, inventaram uma história sobre mim, e uma conversa perfeitamente normal e rotineira, que tive com o novo presidente da Ucrâmia. Não foi dito nada que fosse incorreto", completou Trump, em postagem publicada no perfil que mantém no Twitter.

O jornal americano "The Wall Street Journal" publicou ontem que o presidente dos Estados Unidos telefonou para Zelenski, para pressionar por uma investigação contra o filho de Biden.

O veículo, que disse ter se baseado em informações dadas por fontes ligadas ao caso, garantiu que durante a conversa, Trump chegou a pedir até oito vezes que o chefe de Estado ucraniano trabalhasse com o advogado dele, Rudolph Giuliani.

O ex-prefeito de Nova York já sugeriu, em diversas ocasiões, que quando era vice-presidente, Biden buscou proteger uma companhia de gás ucraniana, devido as ligações da empresa com o filho Hunter.

Trump conversou com Zelenski por telefone duas semanas antes que fosse feita denúncia interna pelo serviço de inteligência americano, no dia 12 de agosto, em informação que foi posteriormente encaminhada ao Congresso dos EUA.

Procurado pelo "The Wall Street Journal", Giuliani admitiu ter se reunido com um funcionário do Ministério Público da Ucrânia, em junho deste ano, em Paris, e com Andriy Yermak, um dos assistentes do presidente do país do Leste Europeu, em agosto, em Madri.

O advogado pessoal de Trump disse à publicação que o auxiliar de Zelenski explicou que o governo ucraniano estava investigando o filho de Biden.

O encontro entre Giuliani e Yermak aconteceu semanas antes do governo dos Estados Unidos, supostamente, começasse a revisar o valor de um pacote de assistência externa à Ucrânia, no valor de US$ 250 milhões (R$ 1 bilhão), que tinha sido apresentado previamente.

A matéria publicada pelo "The Wall Street Journal" traz detalhes sobre a denúncia interna da inteligência dos EUA, sobre a proposta de troca de Trump com Zelenski. EFE

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