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Geórgia tem segunda noite de protestos

21/06/2019 19h29

Cerca de 15 mil fazem ato diante do Parlamento e exigem eleições antecipadas após confrontos com a polícia deixarem 240 feridos na noite anterior. Moscou alega russofobia e proíbe voos de empresas aéreas russas ao país.Pela segunda noite consecutiva, milhares de pessoas protestaram do lado de fora do Parlamento da Geórgia nesta sexta-feira (21/06), exigindo eleições parlamentares antecipadas.

Cerca de 15 mil pessoas se reuniram em frente ao Parlamento na capital Tbilisi, apesar dos confrontos com a polícia ocorridos na noite anterior que deixaram 240 feridos. Mais de 300 pessoas foram presas.

Mais cedo na sexta-feira, o presidente do Parlamento da Geórgia, Irakli Kobakhidze, deixou o cargo depois que manifestantes e a oposição exigiram sua renúncia. Ele foi responsabilizado pela polêmica visita de uma delegação russa ocorrida na quinta-feira, na qual um parlamentar russo discursou sentado no lugar do presidente do Parlamento.

A visita foi considerada pouco usual, já que a Geórgia cortou relações diplomáticas com o Kremlin durante a guerra de 2008 entre os dois países. Desde então, contatos políticos são raros.

A oposição agora pede eleições parlamentares antecipadas e a renúncia do ministro do Interior, Giorgi Gakharia, responsabilizado pela ação violenta da polícia durante os protestos da noite de quinta-feira.

Rússia suspende voos

Em resposta aos protestos, o presidente russo, Vladimir Putin, assinou um decreto nesta sexta-feira proibindo temporariamente que companhias aéreas russas voem para a Geórgia a partir de julho. O porta-voz dele já havia condenado os protestos como "provocação russofóbica".

As tensões entre a Rússia e a Geórgia permanecem mais de uma década depois que as duas nações travaram uma guerra na qual a Geórgia perdeu efetivamente dois grandes pedaços de seu território – a Ossétia do Sul e a Abkázia.

Moscou reconheceu ambas as áreas como Estados independentes e estacionou bases militares permanentes em cada uma, levando a sentimentos antirrussos na região e à condenação do Ocidente.

MD/ap/dpa/rtr

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