Principal partido de oposição no Sudão se nega a compor governo transitório
Cartum, 22 abr (EFE).- O principal partido de oposição no Sudão, o Al Umma, anunciou nesta segunda-feira que não aceitará participar do governo de transição que está sendo formado pela junta militar que comanda o país após a queda do presidente Omar al Bashir e pediu, mais uma vez, que o poder seja entregue a uma autoridade civil.
O partido liderado por Sadeq al Mahdi, rival histórico de Bashir, declarou em comunicado que seus militantes continuam nas ruas do Sudão e não as deixarão até que sejam atendidas "as reivindicações da revolução em sua totalidade".
A legenda, de tendência islamita, acrescentou que viu "as intenções e a agenda de alguns membros da junta militar", que querem reproduzir o regime de Bashir e realizar uma "contrarrevolução" e estão ganhando tempo para não entregar o poder a uma autoridade civil, na qual o exército esteja apenas representado.
Além disso, o Al Umma solicitou que o poder seja entregue às Forças da Liberdade e da Mudança, uma coalizão de partidos e grupos opositores formada em janeiro em meio aos protestos contra Bashir, que tiveram início em 19 de dezembro de 2018.
Por último, o partido de Mahdi considerou que, durante a etapa transitória, serão criadas as instituições, segundo "as capacidades do país e as vitórias da revolução", e que não caberia à junta militar ser responsável por estabelecer os órgãos de transição, que os generais disseram que durará no máximo dois anos.
Ontem, as Forças da Liberdade e da Mudança anunciaram a suspensão das negociações com o Conselho Militar Transitório para dialogar e levar em conta as propostas sobre a transição de forças e figuras políticas consideradas próximas a Bashir. EFE
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