Após rejeição do Hamas a acordo sobre reféns, EUA pedem expulsão do grupo ao Catar
Por Trevor Hunnicutt e Andrew Mills e Humeyra Pamuk
WASHINGTON/DOHA (Reuters) - Os Estados Unidos disseram ao Catar que a presença do Hamas em Doha não é mais aceitável nas semanas seguintes à rejeição, pelo grupo militante palestino, da última proposta de cessar-fogo e acordo sobre reféns, disse um alto funcionário do governo à Reuters nesta sexta-feira.
Pequeno Estado do Golfo, o Catar, juntamente com os EUA e o Egito, desempenhou um papel importante nas rodadas de negociações -- até agora infrutíferas -- para intermediar um cessar-fogo na atual guerra em Gaza que já dura um ano . A última rodada de negociações, em meados de outubro, não conseguiu chegar a um acordo, com o Hamas rejeitando uma proposta de cessar-fogo de curto prazo.
"Após rejeitar repetidas propostas de libertação de reféns, seus líderes não devem mais ser bem-vindos nas capitais de nenhum parceiro americano. Deixamos isso claro para o Catar após a rejeição do Hamas, semanas atrás, de outra proposta de libertação de reféns", disse a autoridade sênior, sob condição de anonimato.
O Catar então transmitiu a exigência aos líderes do Hamas há cerca de 10 dias, disse a autoridade. Washington tem mantido contato com o Catar sobre quando fechar o escritório político do grupo, e disse a Doha que este é o momento para isso.
Três autoridades do Hamas, no entanto, negaram que o Catar tenha dito aos líderes grupo que não eram mais bem-vindos no país. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
(Reportagem de Trevor Hunnicutt, Andrew Mills em Doha e Humeyra Pamuk)