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14 PMs suspeitos de torturar colega em batalhão são levados para Papuda

Polícia Militar do Distrito Federal - Agência Brasília
Polícia Militar do Distrito Federal Imagem: Agência Brasília
do UOL

Do UOL, em São Paulo

30/04/2024 08h53

Quatorze policiais militares foram presos e levados na noite de ontem para o presídio militar no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal, suspeitos de terem torturado um colega dentro do Batalhão de Choque da corporação em Brasília.

O que aconteceu

Operação da Justiça Militar e da Corregedoria da Polícia Militar do DF cumpriu 14 mandados de prisão temporária. Também foram apreendidos os celulares dos supostos envolvidos no caso.

Policial ficou internado por seis dias e disse ter sido torturado por colegas dentro do Batalhão de Choque da corporação em Brasília. Ele contou ter sido agredido durante oito horas para que assinasse um termo de desistência de um curso de formação.

Soldado teve insuficiência renal, rabdomiólise, ruptura muscular e no menisco, hérnia de disco e lesões lombar e cerebral. "Eles colocaram gás nos meus olhos, pediram para eu correr ao redor do batalhão cantando uma música vexatória para mim e para a minha família. Me colocaram para fazer flexão de punho cerrado no asfalto, me colocaram em cima das britas e começaram com as pauladas e chutes no estômago", contou a vítima à TV Globo.

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios determinou a suspensão do curso de formação enquanto correm as investigações. O coordenador do curso já tinha pedido desligamento voluntário, segundo nota enviada pela PM-DF ao UOL ontem.

Segundo a PM, soldado teria saído do batalhão no dia das supostas agressões dizendo que estava bem. "Durante as atividades do curso de Patrulhamento Tático Móvel, no dia 22 de abril, um aluno solicitou desligamento após passar pela etapa inicial do curso e exercícios físicos previstos. Apesar de sair do batalhão alegando que estava bem, o referido aluno procurou atendimento hospitalar apresentando quadro compatível com rabdomiólise e alegando ter sido agredido", diz a corporação em comunicado.

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