Câmara baixa do Arizona aprova revogação da lei de 1864 contra o aborto
A Câmara baixa do Arizona votou nesta quarta-feira (24) a favor de revogar uma lei de 1864 que proíbe quase totalmente o aborto e que foi restabelecida pela Suprema Corte deste estado norte-americano no começo do mês.
É a terceira vez que a bancada democrata impulsiona uma iniciativa para impedir que a lei, mais antiga que o próprio estado do Arizona, entre em vigor. As tentativas anteriores fracassaram devido ao controle exercido pelo Partido Republicano na Câmara dos Representantes.
A votação apertada, por 32 a 29 votos, foi possível pois três deputados republicanos decidiram apoiar os democratas na iniciativa, que agora deve passar pelo Senado estadual, também dominado pelo partido conservador.
A proibição de 1864, promulgada durante a Guerra Civil Americana, proíbe o aborto em qualquer circunstância, exceto quando a vida da mãe está em perigo.
A Suprema Corte do estado restabeleceu esta lei em 9 de abril como consequência das mudanças jurídicas no acesso ao aborto nos Estados Unidos.
Em 2022, a Suprema Corte do país retirou a proteção a este direito reprodutivo que esteve amparado durante quase cinco décadas a nível federal, o que desencadeou uma cascata de ações em estados conservadores para proibir a interrupção da gravidez.
No Arizona, onde a maioria dos eleitores se declara a favor do direito ao aborto, a decisão do tribunal de restabelecer a legislação arcaica gerou estupor e levou milhares de pessoas às ruas em protesto.
pr/nn/mvv/dd/am
© Agence France-Presse
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.