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Advogado do PT: É perigoso que precedente de Moro passe sem qualquer sanção

do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

23/04/2024 12h49

O advogado do PT, Luiz Eduardo Peccinin, afirmou no UOL News da manhã desta terça-feira (23) que é perigoso que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) deixe de ser punido após abrir precedente de abuso de poder econômico em sua campanha.

PT e o PL entraram nesta segunda-feira (22) com recursos contra a decisão no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná que rejeitou a cassação do senador. Os apelos devem ser encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Nossa expectativa é que o TSE faça um julgamento mais distante da realidade política do Paraná e da questão dos votos que Moro recebeu como senador, para fazer uma análise mais em prospectiva do precedente que está sendo criado. Ao nosso ver, é extremamente perigoso que um precedente da situação de Sergio Moro passe sem qualquer tipo de sanção ou sem, pelo menos, que a Justiça trace uma linha de que isso não pode fazer.

Sergio Moro ultrapassou qualquer limite daquilo que poderia ser considerado um gasto moderado de pré-candidato, que é isso que o TSE sempre falou que está ao alcance dos pré-candidatos. Entendemos que houve alguns equívocos nas análises das provas em relação ao TRE-PR.

Não podemos acreditar que os partidos do senador venham aos autos e falem: 'Gastamos isso com a pré-candidatura do senador', e a Justiça eleitoral acabe desidratando esses gastos por inúmeras desculpas dadas pela defesa e jogue isso para debaixo do tapete como se nada tivesse acontecido.

Peccinin foi entrevistado no UOL News da manhã desta terça-feira (23)

O que aconteceu

O TRE-PR rejeitou os pedidos de cassação do senador Sergio Moro. Em julgamento, o tribunal teve 5 votos a 2 a favor do parlamentar.

PT, PL e o Ministério Público Eleitoral apontaram que o senador teve vantagem sobre os concorrentes, nas eleições, por ter feito uma pré-campanha à Presidência, com gastos de mais de R$ 2 milhões. Os desembargadores, porém, rejeitaram o argumento.

O tribunal manteve o mandato de Moro, mas o caso será decidido no TSE. Até lá, Moro segue atuando normalmente no Senado.

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h com apresentação de Fabíola Cidral e às 17h com Diego Sarza. O programa é sempre ao vivo.

Quando: De segunda a sexta, às 10h e 17h.

Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.

Veja a íntegra do programa:

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